Covid-19: Joinville tem capacidade de aplicar 35 mil doses por semana, diz secretário da Saúde

Em junho, foram aplicadas em média 17 mil doses por semana, ou seja, cerca de 50% da capacidade total de vacinação

Covid-19: Joinville tem capacidade de aplicar 35 mil doses por semana, diz secretário da Saúde

Em junho, foram aplicadas em média 17 mil doses por semana, ou seja, cerca de 50% da capacidade total de vacinação

Fernanda Silva

“Nós temos uma capacidade máxima, sem contratar novas pessoas e sem ampliar horários, de aplicar 35 mil doses por semana”, afirma o secretário de Saúde de Joinville, Jean Rodrigues da Silva. 

Porém, neste mês de junho foram aplicadas cerca de 17 mil doses por semana, ou seja, quase 50% da quantidade de vacinas que a cidade poderia estar aplicando.  Isso porque o ritmo da vacinação contra a Covid-19 depende da chegada das doses no município. “Neste momento, temos mais capacidade do que doses”, comenta Silva.

Ainda assim, o andamento da vacinação em Joinville acelerou em junho. Até nesta segunda-feira, 14, estavam sendo aplicadas 2,4 mil doses diárias, enquanto em maio, foram 2,1 mil.

Além da chegada de vacinas e a disponibilidade do município em vacinar, o público também tem contribuído para este aumento. Segundo o secretário, a procura pelo agendamento é grande. “Há muito mais acesso [para agendamento] do que vaga”, diz secretário.

Divulgação

Inclusive, a Secretaria de Saúde precisou pensar em uma nova estratégia para dar conta dos acessos simultâneos, que chegaram a travar o site do agendamento das vacinas no dia 5 de junho, quando foi aberta a agenda para moradores com mais de 55 anos.

Silva conta que, nesta ocasião, foram disponibilizados 21 mil horários para agendamento e registrados 250 mil acessos em apenas meia hora. A partir de então, o agendamento passou a ser disponibilizado em horários escalonados, para dividir a quantidade de acessos e o site não ficar fora do ar.

“O sistema que nós adotamos foi desenvolvido pelo ecossistema de inovação do Fablab. Ele não é uma ferramenta contratada, é cedida, então tem uma limitação de investimento porque é voluntário. Por causa da grande quantidade de acesso, resolvemos escalonar. Foi uma solução simples”, explica o secretário.

Porém, Silva lembra que a disponibilidade de horários e ritmo da vacinação dependem da chegada de novas doses. Além disso, o município tem priorizado a separação de vacinas para a aplicação da segunda dose, que intensifica a capacidade de imunização.

Reforço na imunidade

O secretário de Saúde explica que, quando novas doses chegam ao município, a prioridade é separar a quantidade de vacinas para as segundas doses, que já foram agendadas. Com as doses que sobram no lote, são abertos horários para agendamento da primeira imunização de novos pacientes.

Silva explica que a aplicação do reforço tem extrema importância para prevenir casos graves da Covid-19 e mortes. “São poucos óbitos que ocorrem após o período de 14 dias da vacinação com a segunda dose”, afirma. 

Segundo a Secretaria de Saúde, das 58.518 pessoas vacinadas com a segunda dose até 14 de junho, 39 foram a óbito, sendo que 31 das mortes ocorreram em um intervalo menor que duas semanas após a aplicação e oito foram depois dos 14 dias. Os óbitos representam 0,06% do total de imunizados com a segunda dose, número que a secretaria considera bastante baixo.

Por reduzir a chance de óbitos entre os vacinados, o perfil de pacientes internados e que falecem por conta da Covid já mudou com desde o início da imunização, destaca Silva.

A média de idade das pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em leitos de Enfermaria apresentou uma redução de nove anos em 2021. Em janeiro, a média de idade dos internados era de 63,5 anos. No fim da primeira quinzena de maio, o número baixou para 54,5 anos.

Em relação aos óbitos, a redução da faixa etária foi ainda mais significativa, caindo de 74 anos, no início de janeiro, para 59,6 anos, em maio. A queda de 14,4 anos está relacionada, principalmente, com o avanço da vacinação dos públicos prioritários, afirma a Secretária de Saúde.

“Então agora também imunizando esses grupos com faixa etária menor, a tendência é isso se replicar”. Silva acredita que conforme a vacinação for avançando, o perfil de idade dos pacientes com Covid-19 grave também mude. O cenário só será outro, caso venha a ser registrada uma nova variante, afirma.

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