CPI do Rio Mathias: “o tempo é a dificuldade, são 60 mil páginas para analisar”, avalia vereador

Comissão Parlamentar de Inquérito tem cerca de um mês e meio para finalizar investigação

CPI do Rio Mathias: “o tempo é a dificuldade, são 60 mil páginas para analisar”, avalia vereador

Comissão Parlamentar de Inquérito tem cerca de um mês e meio para finalizar investigação

Fernanda Silva

Iniciada em 1º de fevereiro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rio Mathias está entrando em sua fase final. Com cerca de um mês e meio para a CPI ser finalizada, os vereadores da Câmara de Joinville começam a analisar os depoimentos das testemunhas e documentos para, posteriormente, escrever o relatório final, que poderá apontar os responsáveis pelos danos da obra.

Sobre os trabalhos realizados nestes mais de três meses de CPI, o presidente da comissão, Wilian Tonezi (Patriota), avalia: “o tempo é a dificuldade, são 60 mil páginas para analisar e pouco pessoas para trabalhar, apenas nós vereadores e assessores.”

A demanda de trabalho foi alta, afirma o vereador. Foi necessário reunir arquivos desde o período em que a obra do Rio Mathias foi projetada, entre 2011 e 2012, até ser ser interrompida, em 2020. Ou seja, são nove anos de documentos, projetos, contratos, notas fiscais e outros papéis, conta.

Além da reunião de documentos, também foram ouvidos todas as testemunhas envolvidas na obra, desde a elaboração até a execução do projeto de macrodrenagem. Foram necessários mais de dois meses para colher todos os depoimentos.

Embora algumas datas tenham precisado ser adiadas, por conta de conflito de agenda dos depoentes, todos puderam ser ouvidos, com apenas uma exceção. “A MKV Engenharia. Não foi possível localizá-los, nem com a ajuda da Polícia Civil”, conta Tonezi. A empresa era a responsável por fiscalizar a obra durante sua execução.

Apesar da corrida contra o tempo, a CPI já tem rendido frutos. Tonezi afirma que o relator da comissão, Diego Machado (PSDB), já conseguiu identificar indícios de erros na obra, porém, os pontos só serão divulgados após a elaboração do relatório final.

Agora, além das análises do material apurado, os vereadores ainda precisam investigar alguns documentos faltantes, tais como notas fiscais, planilha de custos e atas de reuniões, já solicitadas à Caixa Econômica Federal e à Celesc. O presidente da CPI também pediu diligência para investigação de documentos e projetos. Para isso, os vereadores irão até a Secretaria de Administração e Planejamento (SAP) na próxima segunda-feira, 10.

Após as análises, se necessário e se observadas incongruências em qualquer documento ou informações já apresentadas, testemunhas poderão ser chamadas novamente para depor. Com o fim de todas as pendências, o relatório final será formulado.

São integrantes da CPI: presidente Wilian Tonezi (Patriota), relator, Diego Machado (PSDB), secretário Neto Peters (Novo), membros: Claudio Aragão (MDB) e Luiz Carlos Sales (PTB).


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