Marcucci quer comandar segurança pública e priorizar vaga na educação para famílias de baixa renda

Décimo candidato da sabatina com os concorrentes a prefeito foi entrevistado pelo jornal O Município Joinville nesta segunda-feira, 26

Marcucci quer comandar segurança pública e priorizar vaga na educação para famílias de baixa renda

Décimo candidato da sabatina com os concorrentes a prefeito foi entrevistado pelo jornal O Município Joinville nesta segunda-feira, 26

Naturalidade: Jundiaí (SP)
Profissão: Advogado
Grau de instrução: Ensino superior completo
Número na urna: 10

Confira o perfil completo de Marcucci

Marcucci é o décimo entrevistado da série de sabatinas ao vivo do jornal O Município Joinville que conversará, até 6 de novembro, com todos os 15 candidatos a prefeito da cidade.

Advogado com especialização em processo civil, já foi policial civil em São Paulo e delegado em Santa Catarina. Em Joinville, já atuou na Delegacia de Investigação Criminal (DIC) e foi delegado regional. Em 2004, foi eleito vereador.

Esta é a primeira vez que concorre ao cargo de prefeito. A candidatura, em chapa pura, conta com o vice Israel Petróleo, também advogado.

Durante a transmissão, defendeu centralizar a segurança pública em seu gabinete, caso eleito, e, antes de revitalizar o Centro da cidade, disse que ser necessário antes expulsar “bandidos” da região.

Também citou que pretende fazer uma nova licitação para o transporte público, mas que isso só será necessário quando foi resolvida a dívida bilionária da prefeitura com as empresas de ônibus, que disse existir. Também prometeu que em seu governo não haverá aumento no preço da passagem.

Marcucci também defendeu priorizar as vagas da educação infantil para famílias mais carentes e, por meio de uma “investigação social” pretende mapear as famílias que dependem mesmo das vagas e as que possuem “poder aquisitivo” e têm condições de contratar vagas no ensino privado.

Além disso, pediu fim dos “grupos políticos e empresariais” que diz estarem sendo representados por cinco candidatos à Prefeitura de Joinville, mas não citou nomes.

Assista a entrevista na íntegra: 

Centralizar a segurança pública em seu gabinete e expulsar “bandido” do Centro

Caso seja eleito, Marcucci deixou claro durante a transmissão que seu foco será na área de segurança pública. Durante a conversa disse que pretende centralizar em seu gabinete todos os órgãos de segurança pública, citando a guarda municipal, agentes de trânsito, defesa civil e setor de alvarás.

“Vou provar que dá também pra fazer segurança pública municipal”, disse.

O candidato foi questionado sobre quais ações específicas pretende comandar, já que, conforme a Constituição Federal, a segurança pública é uma atribuição estadual.

Para exemplificar, falou sobre seu projeto de “Disk denúncia remunerado” onde criará uma central de denúncia a fim de encontrar suspeitos de crimes com a ajuda da população. Na proposta, quem indicar onde está o autor do crime, será pago em dinheiro.

“A minha ideia, também, é aumentar o efetivo da guarda municipal. Armar até os dentes a guarda municipal, não deixar apenas a guarda cuidando de patrimônio público. Eu quero que a guarda faça um policiamento preventivo, de retirada da marginalidade”, declarou.

Ele também disse que, no seu governo, “agente de trânsito não vai ficar atrás de uma árvore multando as pessoas”.

Marcucci criticou os candidatos que falam em revitalizar o Centro de Joinville, mas não citam a segurança pública, e questionou: “para onde vão os traficantes, onde vão colocar os bandidos e os que roubam carros?”. Ele disse que quer tornar o Centro “um lugar bom pra se viver”.

“Primeiro eu vou expulsar um por um, do meu jeito, como eu já fiz há 20 anos e quem esteve aqui, sabe como eu fazia. Vou limpar aquela região. Você acha que alguém que mora na rua Itajaí, Duque de Caxias, Abdon Batista, naquela região ali, consegue descer com a mulher e com o filho depois das seis da tarde? Sabe o que eu fazia na época que era delegado? Eu pegava um ônibus e carregava todo mundo. Eu vou fazer isso de novo. Vou limpar aquilo ali”, frisou.

Marcucci diz ter feito essas ações na época, quando atuava como delegado. Questionado se acredita que, como prefeito, poderá também botar este plano em prática, respondeu que “eu não acho, eu vou fazer”.

“Mas posso responder por abuso de autoridade? Não tem problema, não tenho medo de processo. Com a criminalidade, ou você atua forte ou você não atua, não adianta. Eu estou há 33 anos nesse mundo aí, esse pessoal só conhece uma fala. Não adianta você dar florzinha, fazer maquiagem. De que adianta fazer uma revitalização no Centro se você para o carro e o cara vem com uma arma na tua cabeça.”, destaca.

O candidato republicano afirma que “cansou de chamar bandido” para sua sala para conversar para intimidá-los a sair da cidade.

“Então, assim que eu assumir, vou dar o recado para eles: ‘pessoal, vocês abandonem o Centro. Vão embora de Joinville, não só do Centro. Porque a mão vai ser pesada a partir de 2021′”, avaliou, caso seja eleito.

Sem aumento na passagem de ônibus

Marcucci disse que não pretende fazer nenhuma alteração na licitação do transporte coletivo sem antes resolver a questão judicial com relação às dívidas que a prefeitura tem com as empresas de transporte coletivo.

Ele também afirmou que, em seu governo, “empresa de ônibus não vai mandar, como já mandam aqui” e insinuou que Joinville é comandada por “seis ou sete empresários”, como proprietários de empresas de ônibus, empresa de lixo e de construção civil.

“Comigo não vai ter, comigo vai entrar na fila. Eu não tenho compromisso com ninguém. A prioridade é resolver essa dívida, que vem se arrastando desde o governo Luiz Henrique”, disse.

Batendo na mesa com intuito de frisar a promessa, disse que não aumentará a passagem de ônibus, apenas em caso de ordem judicial.

“Pode escrever aí, eu não aumento. Pode fazer greve, pode fazer o que for, não vou aumentar. Tudo que é relacionado à empresa de ônibus depende de ordem judicial, infelizmente. Mas passagem de ônibus, eu sempre prefeito, esquece. Pode ameaçar, pode fazer o que quiser, não vou aumentar”, frisou.

Priorizar vagas da educação infantil para famílias carentes

Em seu plano de governo, Marcucci afirma que priorizará as vagas da educação infantil para famílias carentes. Ele propõe investigar se os ocupantes das vagas realmente precisam do espaço público ou possuem poder aquisitivo.

“Vou dar um exemplo, acho que uma pessoa, uma família que tem um carro de R$ 80 mil ou R$ 60 mil tem uma condição financeira, e vai ter família e mães que não têm nada. Eu sei que a educação é direito de todos, eu sei que todo mundo tem que ter direito, só que não tem vaga pra todo mundo, então se existe requisito, eu vou dar preferência pra mãe, da família carente”, disse.

Para mapear as pessoas que precisam das vagas infantis no ensino público, pretende fazer uma “investigação social”  a fim de verificar quem já está ocupando as vagas, quem está na lista de espera e por que não é chamado e quem ocupa a vaga com possibilidade de contratar ensino privado.

Críticas aos adversários

Além da questão de segurança pública, Marcucci disse que o que o motivou a lançar candidatura para prefeito foi o anseio de retirar “o grupo político e empresarial que manda na cidade há 50 anos”.

“Hoje estão se candidatando por cinco partidos, cada um num partido diferente, mas na verdade são todos de um grupo só. Do mesmo grupo político que atrasa e atrapalha a cidade. Tem gente aí que ocupa cargo comissionado desde que eu cheguei aqui, e estou há 21 anos”, acusou.

Marcucci também disse que  não será “babaca nem leviano” de prometer asfaltamento, como outros candidatos têm feito. A única promessa que faz, afirmou, é na área de segurança pública.

“Eu sou eleitor, eu detesto ver as propagandas políticas como a dos meus concorrentes, dá até vergonha. Dá nojo. Vontade de desligar a televisão, porque é só promessa. Se tudo aquilo ali for feito, nós vamos viver na melhor cidade do país, está resolvido o problema, porque eles tão prometendo tudo, né?! Tem um candidato aí que está prometendo fazer oito PAs com piscina. Uma coisa assim que pra mim é fora da realidade”, criticou, sem citar o nome de Fernando Krelling.

Durante a transmissão, com cerca de uma hora, Marcucci também disse que pretende ouvir a população joinvilense, principalmente com relação ao trânsito. Sua proposta é descentralizar as decisões administrativas.

“Sou uma pessoa que gosta de conversar, muito embora acham que sou ditador, meio truculento por ter atuado na polícia”.


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