Vereadores de Joinville realizam visita na Maternidade Darcy Vargas após denúncias e reclamações

Parlamentares conversaram com a direção da unidade e tiraram dúvidas

Vereadores de Joinville realizam visita na Maternidade Darcy Vargas após denúncias e reclamações

Parlamentares conversaram com a direção da unidade e tiraram dúvidas

Redação O Município Joinville

Um grupo de vereadores de Joinville, liderados pela Comissão de Saúde da Câmara, visitaram a Maternidade Darcy Vargas durante a manhã desta quarta-feira, 13. A atividade foi motivada após parlamentares receberem denúncias sobre negligência no atendimento. Os vereadores queriam entender, principalmente, o funcionamento dos procedimentos adotados no momento do parto.

De acordo com Brandel Júnior (Podemos), algumas das reclamações tem relação com o tempo de espera no momento do parto. “Como fazer a mãe aguardar por mais de 30 horas para induzir a um parto normal”, explicou.

Outra pauta que gerou dúvida entre os vereadores foi a escolha entre os partos normal e cesariana. Maurício Peixer (PL) questionou a direção se as mulheres teriam opção de escolha entre os dois modelos de trabalho de parto, caso estivesse por muito tempo aguardando ou com dores.

A vereadora Ana Lúcia Martins (PT) lembrou dos óbitos, não somente dos recém-nascidos, mas também das mães, questionando o que poderia ser evitado e quais medidas a maternidade vem tomando nesse sentido.

O Vereador Pastor Ascendino pontuou alguns comentários externos existentes referente a maternidade. Um deles é “se existe mérito em realizar partos normais em vez de cesariana”. Questionou também os números de cada procedimento realizado para uso comparativo.

Henrique Deckman (MDB) solicitou os indicadores de mulheres que chegam até a unidade para a realização do parto sem terem feito o acompanhamento de pré-natal e mesmo outros indicadores referente Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) durante o período gestacional.

O que respondeu a direção

Sobre as diferenças entre os partos normal e cesárias, Marcos José Ramos, diretor da Maternidade enfatizou os custos de cada procedimento, lembrando que para a unidade e para os médicos não existe nenhuma diferença entre parto normal ou cesariana. Segundo ele a prática do parto normal traz mais segurança as mulheres e para as crianças.

A direção da Maternidade Darcy Vargas também afirmou que possui uma comissão de óbitos dentro da unidade, onde são discutidos assuntos e casos ocorridos para junto dos profissionais encontrarem uma solução para os casos.

O Coordenador do serviço de gestação de alto risco da Darcy Vargas, médico Carlito Moreira Filho que trabalha há mais de 30 anos na unidade ressaltou que as pacientes recebem apoio e orientações sobre os benefícios de cada procedimento, tanto para a criança como para a mãe.

A direção apresentou dados e segundo os especialistas a maternidade faz parte da chamada “Rede Cegonha”, uma estratégia do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para mulheres terem o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Diante disso a maternidade fica condicionada a atuar de forma inserida em boas práticas de atendimento baseadas em evidências científicas.

Nas palavras do pediatra Robson Marcelo de Oliveira, por exemplo, manter os partos normais como prioridade significa também preservar a saúde como um todo, pois as complicações clínicas para mulheres que realizam cesarianas ou outros procedimentos apresentam índices maiores que o normal.

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Mais informações

Neto Petters (Novo) questionou a direção sobre padronização no atendimento e solicitações de exames. O parlamentar destacou a importância de uma comunicação mais aberta entra a maternidade e as famílias dos usuários para que tenham conhecimento dos procedimentos que vêm sendo adotados durante os atendimentos.

O vereador Wilian Tonezi (Patriota) lembrou dos relatos positivos sobre a maternidade mas também dos problemas. Ele questionou o padrão de atendimento adotado entre os profissionais e se existe a supervisão desses trabalhos.

“Temos que ter certeza que a conduta correta está sendo tomada na MDV. Ainda seguimos recebendo inúmeras reclamações do atendimento na unidade. Por isso a comissão de saúde está vistoriando a unidade, para ter certeza que as mulheres, além das crianças que aqui nascem estejam asseguradas por parâmetros médicos coerentes com a medicina baseada em estudos e o bem estar das pessoas que buscam ajuda”, comentou Wilian.

A vereadora Tânia Larson (União Brasil) citou a importância de realizar o pré-natal para detecção precoce de patologias. O acompanhamento da gravidez pode ser realizado na Unidade Básica de Saúde. Para ela a diligência foi importante para conhecer todo o trabalho realizado pela equipe médica da Maternidade Darcy Vargas e defender o acolhimento de forma humanizada.

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