O amor é lindo. E o autoconhecimento também. Quando falamos de relacionamentos existe uma complexidade muito grande, afinal, em uma relação precisam estar pelo menos duas pessoas, ou seja, dois indivíduos com suas características pessoais, história de vida, anseios, angústias, medos, jeito de ser e forma de amar. E cada uma tem uma forma de amar.

Para lidar melhor com relacionamentos, sempre é muito importante trabalhar o autoconhecimento. Afinal, saber como somos, o que precisamos e o que buscamos nos outros, facilita muito nossa vida.

Você dificilmente vai ao mercado se não sabe o que está querendo comprar, certo? Porém muitas vezes nos relacionamos sem saber o que buscamos e o que esperamos da relação. Saber ou não isso interfere diretamente em quão saudável estão nossos relacionamentos.

Existem algumas maneiras de amar. Sabendo delas, talvez fique mais fácil compreender como é você na relação e como é o seu ou sua parceira. O livro “Maneiras de amar: Como a ciência do apego adulto pode ajudar você a encontrar – e manter – o amor”, traz as formas de amar que podem impactar diretamente nos relacionamentos.

Esse livro, escrito pelo médico Amir Levine e pela psicóloga Rachel Heller, traz um pouco da teoria do apego. É uma teoria dentro da psicologia para explicar as formas que amamos e explicar um pouco mais a ciência do amor. As formas de amar trazidas no livro são: evitativa, segura e ansiosa.

Amor seguro

O amor seguro é caracterizado por uma forma mais saudável. Você consegue dar e receber afeto sem se preocupar em perder sua identidade com isso e sem se preocupar em precisar de “troco”. A forma de amar segura é aquela em que você consegue expressar seu amor, dar carinho e afeto, estar junto e estar separado. Você consegue estar na relação de uma forma que não se sinta ameaçado ou com medo.

Amor ansioso

A forma de amar ansiosa tende a ser mais receosa e cautelosa. Expressa o amor e carinho mas tem necessidade de saber se o parceiro corresponde realmente ao amor. Com isso, pode acabar fazendo testes para ver se está mesmo sendo amado. Eventualmente pode ser chantagista com o parceiro como “se você não faz X ou Y então não me ama”.

Também é uma forma de apego que sente muito medo de ser deixado. Está sempre pisando em ovos e com dificuldade de se entregar de verdade na relação, sem medos e angústias, sem receio de não ser amado. Esta pessoa, numa relação, está sempre em dúvida sobre a correspondência do amor pelo parceiro.

Amor evitativo

A pessoa que tem esta forma de amar tende a querer o seu espaço de independência. Para não ter esse espaço podado, tende a ser mais distante às vezes com os parceiros amorosos. É a pessoa que demonstra seu afeto mas não gosta de estar junto o tempo todo. Vê isso como uma forma de estar sufocada e por isso demonstra carinho, mas também requer um espaço e tempo sozinho.

Pode acabar sendo vista como uma pessoa mais fria e distante, já que busca não perder a sua individualidade ao estar numa relação. Tende a ser a pessoa mais autossuficiente e independente. Muita intimidade, para a pessoa que tem essa forma de amar, pode ser visto como perda de sua independência e por isso evita essa intimidade e proximidade mais intensa.

Cada pessoa tem o seu jeito de amar e o seu jeito de ser nas relações. Talvez você tenha conseguido se encontrar e se identificar em um ou outro modo de amar. O importante mesmo é poder se comunicar o mais claramente possível com os parceiros e construir uma relação mais saudável, baseada em confiança e diálogo.

E, se puder, faça terapia!