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10ª Semana Lixo Zero Joinville é lançada com bate-papo sobre alimentação sustentável com Bela Gil

Detalhes da programação também foram divulgados no evento de abertura

10ª Semana Lixo Zero Joinville é lançada com bate-papo sobre alimentação sustentável com Bela Gil

Detalhes da programação também foram divulgados no evento de abertura

Isabel Lima

A 10ª edição da Semana Lixo Zero em Joinville foi lançada de forma especial nesta terça-feira, 12. Além da divulgação de detalhes da programação, o evento de abertura teve o bate-papo “Alimentação e Sustentabilidade: por que estamos tão longe do ideal?”, com Bela Gil, apresentadora, formada em nutrição e autora de livros best-seller culinários.

A Semana Lixo Zero acontece de 20 a 28 de outubro em Joinville. O lançamento do evento ocorreu no Anfiteatro da Unisociesc ainda em setembro. A programação começou com uma apresentação de dois alunos do Musicarium Academia Filarmônica Brasileira, seguida de uma fala dos patrocinadores.

Festival cultural e mais

Durante a Semana Lixo Zero, um Festival Cultural e Cinema voltado a sustentabilidade deve alcançar diversos bairros de Joinville. Também o Festival Enraizar: criança consciente, que promete promover ações com famílias no CEU Aventureiro.

Além dessas atividades já organizadas, todos podem mobilizar um grupo e promover uma ação durante a Semana Lixo Zero. As inscrições dessas atividades podem ser realizadas através deste formulário.

O público também pode esperar:

  • Ciclo de oficinas
  • Ciclo de palestras
  • Alimentos orgânicos
  • Eventos culturais
  • Direito ambiental
  • Encontro de brechós
  • Limpezas Urbanas
  • Coleta de recicláveis
  • Encontro de composteiros
  • Fórum Organizando
  • Gincana Lixo Zero nas escolas
  • Boas práticas da Indústria
  • Semana Lixo Zero nos bairros
  • Visitas técnicas em cooperativas, sítios orgânicos, espaços de reciclagem
  • Mulheres e Sustentabilidade

Bate-papo com Bela Gil

Para fechar o evento de lançamento, o coletivo Joinville Lixo Zero promoveu o bate-papo com a escritora Bela Gil. Conhecida e reconhecida pelos programas que já apresentou e apresenta, como o Saia Justa do GNT, a nutricionista dedicou sua fala para abordar diversos pontos que permeiam a sustentabilidade alimentar.

Na toada do mais recente livro lançado, “Quem vai fazer essa comida”, que trata da relação da mulher com a alimentação no Brasil, Bela abordou a fome que assola o país. Ela destaca que a educação alimentar é muito importante, a troca de informações sobre a função de determinados alimentos é bastante rica para começar a caminhada em busca da sustentabilidade, mas não é suficiente.

Para Bela Gil, é preciso pressionar o poder público para combater a ingestão cada vez maior de ultraprocessados e o combate a fome. “Quando existe vontade política, a gente consegue acabar com a fome”, reforça a apresentadora.

Sobre o atual governo, ela confessa que tem proximidade com o Ministério do Meio Ambiente, órgão que é consultora técnica e diz ter tido boas conversas. “Não é só acabar com a fome, só colocar comida no prato das pessoas, mas comida de qualidade, porque a gente sabe que as pessoas estão morrendo pela boca, ou por falta de alimento, ou por excesso de consumo de alimentos ultraprocessados”, conclui.

Quando o assunto toca a questão de gênero, Bela tem o entendimento que a mulher teve e continua com as maiores responsabilidades nutricionais. Seja da dona de cada, quanto das milhares de merendeiras que fazem a comida das milhares de crianças no Brasil, a nutricionista explica que o papel de defender e lutar por uma alimentação saudável deve ser de todos.

“A má alimentação no Brasil é um problema estrutural, a gente não pode resolver de maneira individual, claro que a mulher tem um papel super importante, porque muitas vezes somos nós que estamos a frente da organização alimentar das casas, mas não podemos jogar todo o peso nelas”, explica.

Sobre o evento Semana Lixo Zero, Bela vê com bastante ânimo o poder de conscientização em busca da sustentabilidade alimentar. “Estamos longe, mas podemos chegar bem perto, a gente precisa do poder publico, do entendimento das pessoas e a vontade de comer de forma saudável e sustentável”, finaliza.


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