Aaplaj deve sair da Cidadela Cultural e vive indefinição sobre nova sede em Joinville
Espaços públicos disponíveis não teriam tamanho adequado
Espaços públicos disponíveis não teriam tamanho adequado
A Associação de Artistas Plásticos de Joinville (Aaplaj) deve sair da Cidadela Cultural Antarctica e vive uma indefinição sobre a nova sede. O assunto foi discutido em reunião da comissão de Educação na Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 18.
O debate envolveu o andamento do procedimento de manifestação de interesse (PMI) para a futura concessão da Cidadela Cultural.
No fim do ano passado, a associação recebeu comunicado de que deveria encontrar uma nova sede ainda neste primeiro semestre de 2025. A Aaplaj utiliza um dos imóveis do complexo da Cidadela para exposições e cursos e também como ateliê.
A Secretaria de Cultura e Turismo ofereceu dois espaços para Aaplaj. Um deles era uma casa enxaimel de aproximadamente 150 metros quadrados (m²), no entroncamento da BR-101 com a rua Ottokar Doerffel, ao lado da sede do Joinville e Região Convention & Visitor’s Bureau. O outro seria uma a oficina do complexo do Museu Casa Fritz Alt, com área um pouco maior.
Contudo, a presidente da Aaplaj, Roseli Sartori, detalha que mantêm três salas expositivas e um ateliê na Cidadela. O prédio ocupado pela associação tem mais de 500m² e há equipamentos como prensa e forno de cerâmica que não teriam como ser levados para esses espaços oferecidos pela prefeitura.
Roseli reivindica maior participação no processo de concessão. A artista plástica Vera Lucia Pereira, também presente na reunião, afirmou que a Aaplaj pediu desde o início espaço para participar da elaboração do PMI, mas alega que esse espaço não foi aberto.
Ela questionou a abertura de espaço apenas em uma audiência pública a ser realizada pelo consórcio que está conduzindo estudos para a realização da PMI.
Vera observa que a falta de uma data mais precisa para a mudança dificulta a tomada de decisões da associação.
Em resposta, o secretário de Cultura e Turismo de Joinville, Guilherme Gassenferth, diz que para a prefeitura também não há prazos claros. “Não há exatamente a definição de prazos porque nós estamos exatamente no aguardo dos estudos que a empresa nos apresenta”, completa o secretário.
Estudos de arquitetura foram entregues esta semana para a Secretaria de Administração e Planejamento (SAP), responsável pelos PMIs. Porém, ainda há estudos jurídicos, econômicos e de engenharia para serem elaborados pelo consórcio e depois revisados pelo poder público, que vai pedir correções nos documentos.
Após a entrega desses estudos é que o consórcio deve promover uma audiência pública sobre o que pode acontecer na Cidadela Cultural Antarctica. Porém, não há garantia de que as associações retornem ao espaço no caso de uma concessão.
Gasserferth diz que não seria possível exigir isso no edital, mas foi feita uma “recomendação” ao consórcio para que debatesse com as associações culturais a possibilidade de elas permanecerem na Cidadela.
Vizinha da Aaplaj, a Associação Joinvilense de Teatro (Ajote) decidiu aceitar a oferta de um espaço da Estação da Memória, entre os bairros Bucarein e Floresta. Gassenferth frisa que a Secult ofereceu a realização de adaptações nos locais para receber as instituições.
O vereador Alisson (Novo), presidente da comissão, destaca que o colegiado encaminhará ofício para a prefeitura solicitando uma lista com imóveis que a Aaplaj possa ocupar e também para o governo estadual. Alisson pontua, porém, que provavelmente não há imóveis municipais livres para ocupação que não sejam baldios.
A prefeitura abriu um edital para recebimento de manifestações de interesse em 2022, que recebeu quatro propostas de PPP. Duas foram aprovadas pelo Conselho Gestor de PPPs da prefeitura em 2023, uma das quais, o consórcio Nova Cidadela Cultural, está preparando uma consulta pública sobre a proposta.
O consórcio Nova Cidadela Cultural é liderado pela empresa Insight Gestão e Consultoria e composto também pelas empresas Gestalt e Alleanza Projetos e Consultoria.
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