Acij pede que empresários evitem “ao máximo” demitir funcionários

Presidente da associação sugere outras saídas para trabalhar a queda de receita

Acij pede que empresários evitem “ao máximo” demitir funcionários

Presidente da associação sugere outras saídas para trabalhar a queda de receita

Em carta para associados e cidadãos, o presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), João Martinelli pediu que os empresários evitam “ao máximo” demitir funcionários durante a pandemia de coronavírus.

A associação dá como certa um piora da economia, fala de “destruição do mercado” e pede serenidade neste momento. Martinelli afirma que há outras medidas que podem ser tomadas antes de demitir um profissional.

“Desde férias coletivas, férias semanais, redução de jornada, entre outros”, diz em trecho da carta. Ele cita que toda a mão de obra disponível será necessária no momento da retomada econômica.

No documento, o presidente da Acij também enumera as iniciativas da associação e das empresas filiadas durante a pandemia, como a produção de máscaras, compra de respiradores, macacões, cestas básicas e a conclusão de 53 quartos novos leitos no Hospital Municipal São José, além da entrega do centro de triagem anexo a Associação Atlética da Tupy.

Confira a nota na íntegra

Mensagem do presidente da ACIJ aos associados

Prezado associado e cidadão catarinense,

Não há planejamento que resista a uma pandemia como essa da Covid-19. Mudou, não apenas a nossa rotina pessoal, mas também a rotina dos negócios que, apesar de forma lenta, vinha se recuperando. A questão é que não há nada que possamos fazer porque os negócios estão parados, seja por determinação legal ou por determinação do mercado. Com o comércio fechado e cidadãos, além de confinados e amedrontados, não há como se criar um ambiente para os negócios.

Ainda não sabemos o que será mais fatal: a epidemia ou os efeitos colaterais da destruição do mercado. Só o tempo nos dirá. A perda de empregos será inevitável e todos serão afetados, independente do porte da empresa onde trabalham e, talvez, isso seja o maior dos males porque estará em jogo a autoestima das pessoas e o sustento das famílias. Serenidade é a palavra de ordem.

Serenidade aos empresários para que evitem ao máximo as demissões. Antes que elas aconteçam, existem diversos remédios que podem ser aplicados, desde férias coletivas, férias semanais, redução de jornada, entre outros. Na retomada, nós precisaremos de toda a mão de obra disponível e se desfazer das pessoas, pode não ser uma boa ideia.

Permaneçam na Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), que nesses dias está prestando um grande auxílio à comunidade. Temos empresas produzindo máscaras ou as estamos importando, adquirimos respiradores, macacões, cestas básicas, concluímos 53 quartos novos leitos no Hospital Municipal São José, entregamos o Centro de Triagem anexo a Associação Atlética da Tupy e, outras ações que, apenas são possíveis, graças ao auxílio dos associados. A ACIJ só é grande por causa dos seus sempre fieis e leais associados.

Neste ínterim, a equipe de colaboradores da ACIJ está atendendo remotamente, em home office, a todas as pessoas físicas e jurídicas. Estamos unidos pela tecnologia da informação. Em nossa sede, mantemos apenas um plantão diário com três pessoas para atender ao comitê de crise da entidade e os recebimentos de doações da campanha de enfrentamento ao coronavírus. Obrigado a todos pelo engajamento. Superaremos ambas as crises, a sanitária e a econômica. Retornaremos
mais fortes.

João Martinelli
Presidente da ACIJ