Adolescentes de Joinville participam de competição internacional de robótica

Ainda neste mês, a equipe vai para Brasília competir

Adolescentes de Joinville participam de competição internacional de robótica

Ainda neste mês, a equipe vai para Brasília competir

Isabel Lima

Dentro da estrutura da Escola Sesi de Referência de Joinville, cerca de 20 alunos do Ensino Médio se reúnem todos os dias para construir um robô. Nomeada CyberRain, chuva cibernética, a equipe é a única da região Norte de Santa Catarina que participará do campeonato internacional do instituo First, a First Robotic Competition (FRC), que reúne milhares de adolescentes de todos os cantos do mundo para competir com seus robôs.


O evento tem uma etapa nacional em Brasília e a internacional em Houston, nos Estados Unidos da América. O desafio foi lançado pela First no dia 6 de janeiro para o robô entrar em ação já no dia 28 de fevereiro na etapa nacional. Para conseguir construir o robô a tempo, a CyberRain se reuniu todos os dias das férias. “Chegamos a passar 14h aqui”, conta Lucas Candinho, membro da equipe.

A equipe

A CyberRain é composta por 15 alunos do ensino médio, dois técnicos e um mentor. Os técnicos são ex-alunos do Sesi, que se formaram no Ensino Técnico e foram contratados para acompanhar a CyberRain. Já o mentor é um membro do corpo docente da escola, que participa efetivamente do desenvolvimento da equipe e robô.

O robô, modelo tanque, ainda não tem nome. Segundo Akira, técnico da equipe, o tópico continua em discussão. Os jovens esperam alguma empresa interessada em patrocinar o projeto e, quem sabe, ganhar o nome da máquina.

Como a CyberRain é uma equipe iniciante, Akira conta que ainda falta muito trabalho, mas que cada um dá o melhor de si dentro de cada função. “A equipe é muito diversa, tem um viés mais cientifico, mas a gente tem divisões amplas, como a divisão financeira, o braço de programação, a gente quer que cada um escolhe como quer atuar”, explica o técnico.

O projeto engloba desenvolvimento, montagem, financeiro e projetos sociais. Para participar da FRC, as equipes têm a obrigação de divulgar e promover a robótica localmente. Esse trabalho é levado a sério pela CyberRain, que deve fazer uma temporada de iniciação a robótica em escolas públicas de Joinville quando a equipe da fase nacional em Brasília.

A competição

Todos os anos, a First lança o desafio no início do ano, marcando o começo da temporada. Seis semanas depois, os grupos precisam competir nas eliminatórias nacionais. Neste ano, o desafio era criar um robô que pode coletar discos de isopor do chão e arremessar em alvos.

Tanto na etapa nacional quanto na internacional, os jovens cientistas passam uma semana participando de provas eliminatórias. Ao fim do evento, o primeiro colocado no ranking recebe o título de melhor do mundo.

Embora o Sesi fomente o desenvolvimento da CyberRain em Joinville, eles ainda não têm um espaço fixo. Conforme Akira, está sendo estudada a possibilidade de mudar para a nova escola construída no Moinho. Lá, eles querem ter pelo menos uma versão reduzida da arena usada na competição.

Para treinar e entender as mudanças necessárias no robô, os alunos tiveram de viajar para Blumenau, onde existe outra equipe FRC e meia arena montada.

Cyberrain em Blumenau | Foto: Cyberrain/Divulgação

Cada robô tem cerca de 55 quilos e pode chegar a 6 km/h. A máquina é controlada por controle remoto, mas a ideia é aprimorar ao nível do sistema ter piloto automático. Para isso, a CyberRain precisa de patrocinadores.

Até o momento, os custos dos materiais ultrapassaram R$ 100 mil. Fora o investimento inicial do Sesi, a empresa Feuser ajudou com o uniforme. Outros apoiadores independentes também contribuíram com peças de menor custo, mas que fazem toda a diferença no robô da CyberRain.

Futuro

A CyberRain vai animada para Brasília e espera se classificar para a etapa internacional, que ocorreu no fim de abril. Para eles, a classificação significa mais oportunidades de patrocinadores e chance de evoluir ainda mais o robô.

Já fora de temporada, a equipe deve passar por treinamentos profissionalizantes. Conheça os participantes:

Bianca Beatriz Hoepers
Brayan Godoy
Bruno Slominski
Eiji Eduardo Torrens Uda
Enzo Caetano
Evelise Clara Golinski Fellini
Helena Cani
Heloisa Losi
Heloyse Maia
João Eduardo Périco
João Rodrigo H. Luckow
Lucas Candinho
Karoline Laís Zomer
Marco Antonio Tomasini
Paula Malisia

Mentores /técnicos
Akira Rosa
Jean Lucas Hoffmann
Lucas Hitoshi Ogawa


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