Após pedido do MP-SC, advogado recebe aumento de pena por matar pai e irmã em São Bento do Sul

Caso aconteceu em 2018

Após pedido do MP-SC, advogado recebe aumento de pena por matar pai e irmã em São Bento do Sul

Caso aconteceu em 2018

Redação O Município Joinville

Após pedido Ministério Público (MP-SC), o Tribunal de Justiça (TJ-SC) aumentou a pena dada a um advogado condenado por matar o pai e a meia-irmã em São Bento do Sul. Caso aconteceu em 2018.

Na sentença de 1º Grau, o TJ-SC havia considerado que os crimes teriam ocorrido em sequência, mas sendo um a continuação do outro – o que caracterizaria a “continuidade delitiva ou crime continuado” -, a partir disso, não somou as penas de cada homicídio, mas aumentou a pena mais grave.

Em recurso, o MP-SC argumentou que os dois homicídios pelos quais o réu foi condenado foram praticados um após o outro, na mesma ação, porém cada homicídio foi um ato isolado. Por isso, seria necessário somar as penas de cada crime.

O TJ-SC acatou o pedido do Ministério Público e a pena aumentou de 20 anos e oito meses, para 37 anos de reclusão em regime fechado.

O crime

O crime aconteceu no dia 18 de setembro de 2018, por volta das 20h, em São Bento do Sul, quando o réu foi até o escritório onde trabalhava seu pai, e sua irmã. Antes de cometer os homicídios, ele parou junto a porta e conversou com as vítimas.

Em seguida, sacou um revólver e efetuou um primeiro disparo contra o pai. Tentando proteger ele e a filha, a vítima tentou fechar a porta do escritório, mas foi impedido pelo advogado que continuou a efetuar disparos.

Não conseguindo fechar a porta do escritório, o homem, já gravemente ferido, saiu do recinto e tentou conter o filho. O advogado já não tinha mais munição na arma, se afastou para recarregá-la e foi seguido pela vítima.

Em seguida, devido aos ferimentos, o homem caiu ao chão, já sem conseguir se defender. Aproveitando-se dessa situação, o réu carregou sua arma e efetuou mais um disparo, a curta distância, em direção à cabeça do seu pai.

Após a morte do pai, ele voltou ao escritório e efetuou um disparo contra a porta. Não conseguindo entrar pela porta, ele foi até a janela lateral e efetuou outros disparos contra a irmã, atingindo seu braço e cabeça.

O motivo do crime está relacionado ao destino dos bens do pai. O denunciado não aceitava o reconhecimento de segunda vítima, como filha, e o suporte afetivo e financeiro que pai passou a dar à irmã depois da identificação da filiação.

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