Aluna de 13 anos denuncia que foi assediada por professor em Joinville; Polícia Civil investiga
Caso teria ocorrido em maio
Caso teria ocorrido em maio
Uma adolescente de 13 anos teria sido assediada por um professor dentro de uma escola estadual, no bairro Rio Bonito, em Joinville. Segundo relato da mãe da criança, o caso aconteceu dia 13 de maio, mas só veio à tona nesta terça-feira, 3, após ela fazer uma publicação de denúncia no Facebook.
“Ela está bem abalada e estressada”, afirma sobre o estado da filha após a repercussão do caso. A mãe descobriu o assédio ao ser chamada pela diretora da escola. De acordo com ela, a menina nunca deu trabalho, o que a fez estranhar a ligação.
Ao chegar lá, alguns colegas da filha a abordaram e contaram que ela teria sofrido assédio do professor. “Foi uma situação assustadora”, diz a mãe. Quando entrou na sala da diretora, viu que a filha chorava muito porque o professor teria passado a mão nas partes íntimas dela. A mulher afirma que registrou boletim de ocorrência logo após saber do ocorrido.
No dia seguinte ao caso, ela teria ido até a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) realizar a denúncia, mas afirma que a situação não foi para frente.
Segundo a mãe, a diretoria da escola realizou uma reunião interna deliberativa. Mas o professor não poderia ser afastado sem uma orientação da CRE. Por temer pela segurança da filha, decidiu não levá-la para as aulas até que a situação fosse resolvida.
Desde o ocorrido, a jovem não foi mais para a escola, tampouco realizou atividades curriculares. De acordo com a mãe, o professor continuou ministrando aulas para outras alunas. “Minha filha eu tirei, mas a filha dos outros, eu continuo deixando lá? Foi aí que eu decidi botar minha boca no face [Facebook]”. Ela acredita que em casos como esse, o denunciado deve ser afastado até que sejam feitas as investigações.
Após a denúncia feita na rede social, o caso chegou ao Conselho Tutelar e políticos. Segundo relatado pela mãe, os vereadores Diego Machado (PSDB) e Neto Petters (Novo) entraram em contato com ela para entender a situação. Após cobrança, a Secretaria de Estado da Educação (SED) enviou uma nota de esclarecimento. Procurada pela reportagem do jornal O Município Joinville, a pasta enviou a mesma nota.
Embora a nota afirme que o professor foi afastado de forma preventiva, a mãe afirma que só vai permitir o retorno da filha quando tiver em mãos os documentos que comprovem o afastamento. O Conselho Tutelar também está em contato com a família, segundo a mãe, que deve prestar depoimento na polícia ainda nesta semana.
Segundo a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), um inquérito foi instaurado sobre o caso, mas corre em segredo.
“Esclarecimentos sobre a EEB Guilherme Zuege
A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da Coordenadoria Regional de Joinville (CRE), informa que tem conhecimento da denúncia de assédio contra um professor na EEB Guilherme Zuege e que instaurou um processo administrativo para apuração dos fatos.
Esclarece também que a CRE, em conjunto com a SED, pediu o afastamento preventivo do professor para que a estudante possa retomar as suas atividades, com segurança, na unidade escolar.
O Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola (NEPRE) enfatiza que trabalha para que a escola seja um local seguro para meninas e mulheres e que repudia qualquer tipo de violência nas unidades escolares.”
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