Alunas são advertidas por utilizarem bandeira LGBTQIA+ em escola de Joinville; movimentos repudiam atitude
Uma manifestação em repúdio ao episódio foi marcada para esta quinta-feira
Uma manifestação em repúdio ao episódio foi marcada para esta quinta-feira
Três estudantes da Escola Municipal Presidente Castello Branco foram advertidos na última semana por utilizarem bandeiras LGBTQUIA+. O caso ocorreu na última quarta-feira, 23, na unidade de ensino cívico-militar localizada no bairro Boa Vista.
Após receber a advertência, a mãe de uma das alunas denunciou o caso a movimentos sociais, como o UnaLGBT ou Movimento Feminista Pela Diversidade. Segundo Jonas Marssaro integrante da UnaLGBT, a família relatou que a filha havia levado pequenas bandeiras coloridas para ela e outras amigas usarem. Neste momento, o trio foi chamado à orientação escolar.
De acordo com Jonas, uma orientadora teria explicado às alunas que seriam advertidas formalmente, pois a escola entendia que elas estariam fazendo campanha, o que seria proibido no ambiente escolar.
Nas redes sociais, um trecho do documento da advertência foi divulgado e diz que: “fica advertida pelo motivo abaixo. Aluna utilizando bandeira LGBT. Artigo 37: não será permitido ao aluno promover, na unidade escolar, qualquer tipo de campanha, ou atividade sem prévia autorização da Direção.”
Jonas, porém, entende que a aluna estava apenas compartilhando bandeiras com as amigas e que tem seu direito de livre expressão garantidos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). “As pessoas têm direito de usar adornos e expressar-se da maneira como elas compreendem, inclusive no ambiente escolar”, afirma.
Após a denúncia da mãe de uma das estudantes a movimentos sociais, foi marcada uma manifestação em repúdio à atitude da escola.
Jonas, da UnaLGBT explica que os manifestantes se encontrarão às 11h desta quinta-feira, 3, na praça ao lado da Unidade Básica de Saúde da Família Bakhita para uma oficina de cartaz e às 11h30 se deslocarão até a escola para conversar pacificamente com a direção.
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A reportagem do jornal O Município Joinville entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Joinville no último domingo, 27. A resposta obtida foi de que nenhuma informação sobre o caso havia sido repassado à pasta e que a situação seria averiguada.
Nesta terça-feira, 1º, a reportagem entrou em contato novamente para saber se a pasta já tinha atualizações sobre o caso. No entanto, foi informada de que, por conta do ponto facultativo referente ao Carnaval, não foi possível “fazer a devida apuração”.
Após o retorno das atividades da Prefeitura de Joinville nesta quarta-feira, 2, a equipe questionou novamente sobre o caso, porém até a publicação desta notícia não teve retorno. A publicação será atualizada assim que uma resposta for enviada.
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