Após audiência, Justiça mantém prisões de integrantes da torcida organizada do JEC
Torcedores são acusados de associação criminosa, constrangimento ilegal e tentativa de homicídio contra torcedores do Remo e Paysandu
Torcedores são acusados de associação criminosa, constrangimento ilegal e tentativa de homicídio contra torcedores do Remo e Paysandu
Após a audiência de instrução e julgamento nesta quarta-feira, 13, dos 11 integrantes da torcida organizada União Tricolor, do Joinville Esporte Clube (JEC), a Justiça manteve a prisão dos denunciados por atacar torcedores do Remo e Paysandu, times de futebol do Pará.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a ação fez com que uma gestante fosse internada e tivesse o parto acelerado, e um trabalhador, que está com o corpo parcialmente paralisado e cego de um olho, ficasse incapacitado de sustentar a família.
Os torcedores são acusados de associação criminosa, constrangimento ilegal e tentativa de homicídio.
Na audiência foram ouvidas vítimas, testemunhas e os réus dos crimes cometidos em 20 de fevereiro deste ano, no bairro Aventureiro, zona leste da cidade. As defesas de três dos denunciados pediram as revogações das prisões, mas os pedidos foram negados pela 1ª Vara da Comarca de Joinville.
De acordo com o Promotor de Justiça, Ricardo Paladino, titular da 22ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville, “a audiência demonstrou cabalmente que os réus arquitetaram um ataque covarde contra torcedores de clubes do estado do Pará, por não aceitarem que manifestassem suas preferências por times de outras cidades”.
A partir de agora, os advogados dos acusados poderão se manifestar sobre as novas provas apresentadas pelo MP-SC. Após as alegações finais, o juízo da Comarca de Joinville decidirá se os acusados serão levados a júri popular.
O caso aconteceu no dia 20 de fevereiro. Cerca de 30 integrantes da torcida organizada União Tricolor invadiram um bar em que torcedores dos times do Estado do Pará, Remo e Paysandu, estavam reunidos para assistir a um jogo entre as duas equipes. Eles obrigaram os torcedores a tirarem as camisetas dos clubes. Caso recusassem, seriam mortos.
Câmeras de segurança flagraram a movimentação dos agressores da torcida organizada antes da ação e se dirigindo até o bar em que ocorreu a tentativa de homicídio. Estavam armados com tacos de beisebol, pedaços de madeira e barras de ferro.
No trajeto até o estabelecimento comercial ocorreram provocações, agressões e ameaças a torcedores que vestiam camisetas de times de fora da cidade. Já a tentativa de homicídio ocorreu na loja de conveniências Sabores do Pará, quando o casal dono do estabelecimento e um dos clientes foram agredidos. O cliente ficou gravemente ferido e precisou, na época dos fatos, ser internado em tratamento intensivo.
Leia também:
– Indústrias de Joinville mudam estratégias para superar dificuldade em comprar matéria-prima
– Veja como fica o tempo no fim de semana em Joinville e praias da região
– Advogado e pilotos catarinenses são presos com meio milhão de dólares em aeroporto na Argentina, diz jornal
– Covid-19: Ministério da Saúde atualiza esquema de aplicação da vacina Janssen
– MP-SC ingressa com ação para garantir UTI neonatal e pediátrica em todo estado de SC