X
X

Buscar

Associação Húngara de Jaraguá do Sul busca assinaturas para tornar strudel patrimônio imaterial

Estimativa é de que região reúna em torno de 35 mil descendentes húngaros

A Associação Húngara de Jaraguá do Sul está colhendo assinaturas para que o strudel passe a ser patrimônio imaterial do município. Ofício da associação manifestando interesse já foi protocolado na Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. A iniciativa é amparada na lei municipal 8344/2020, sancionada em 1º de junho de 2020.

De acordo com o presidente da Associação Húngara, Alfredo da Silva Pinter,  a entidade “está reunindo a documentação necessária para dar entrada no processo”. Junto aos documentos,  é  necessário anexar pelo menos 500 assinaturas, “independente de ser de origem húngara”.

A busca pelas assinaturas, ressalta,  está em andamento. Os interessados em compor o abaixo-assinado podem contatar pelo (47) 99723-4000.

De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da prefeitura, a comunidade do Garibaldi já realizou sete edições da Festa do Strudel com o apoio da Prefeitura – a primeira em 2008 e a última em julho de 2019. Segundo Alfredo Pinter, a média de público alcançada em cada edição foi de 500 pessoas.

“As festas da nossa comunidade húngara no Garibaldi tem o strudel como atração gastronômica há aproximadamente 100 anos. A intenção deste pedido é garantir que este título (patrimônio imaterial) permaneça junto à nossa comunidade”, enfatiza Alfredo.

A Associação conta hoje com aproximadamente 160 associados diretos e 600 indiretos. A estimativa é que a região reúna em torno de 35 mil descendentes de imigrantes húngaros.

Impulso para o turismo

O diretor de Turismo de Jaraguá do Sul, Marcelo Nasato, destaca a importância da iniciativa para o setor: “O título de patrimônio imaterial de Jaraguá do Sul deve somar ainda mais como atrativo para turistas e visitantes que apreciam o delicioso strudel produzido pelos descendentes de húngaros da cidade”.

Iguaria centenária

Na Hungria, o rétes surgiu durante encontros de tribos nômades que, de tempos em tempos, promoviam trocas do que produziam.

Assim, alguns traziam frutas (como cerejas e maçãs), outros sementes de papoula, queijinho, nozes, trigo. E, dessa mescla de produtos, eles também se alimentavam, e, cada um contribuindo com o que tinha disponível, surgiram as massas com recheios, como o rétes (que é o strudel), a palacsinta (panqueca) e o bejgli (rocambole). Essa herança os imigrantes húngaros trouxeram para Jaraguá do Sul.


Ainda não está no grupo de notícias do jornal no WhatsApp? Clique aqui e entre agora mesmo.

Você já nos segue no Instagram? Clique aqui para acompanhe as notícias também por lá e participar de sorteios.