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Ataques de cães em Joinville chamam atenção de vereador; veja dados

Preocupação é com cães que vivem nas ruas, avalia Cassiano Ucker

Os ataques de cães a pessoas em Joinville têm chamado atenção do vereador Cassiano Ucker (União). Somente no mês de janeiro, o Samu registrou 20 casos de ocorrências denominadas como “mordedura ou picada de animal não venenoso”.

Cassiano enviou pedidos de informação tanto ao Samu quanto ao Hospital São José e à Unidade de Limpeza Urbana da Prefeitura de Joinville sobre casos deste tipo. De janeiro a agosto, o hospital informou que atendeu 28 pacientes feridos por mordidas caninas.

“A atenção aos nossos animais em Joinville está prejudicada, pois há muitos cachorros de rua que não conseguimos recolher e dar um destino correto. O ideal seria recolher, avaliar e colocar os animais para adoção, além da castração”, diz Cassiano.

O vereador comenta ainda que os cães, quando estão em situação de rua, podem gerar custos aos cofres públicos. Na ocasião, ele cita os atendimentos realizados pelo Samu e pelo hospital em ocorrências de mordidas caninas, além do risco de transmissão de doenças.

“Estes animais na rua trazem custos à prefeitura. O Samu tem que atender, o hospital tem que atender [as pessoas atacadas] e alguns animais passam por procedimentos cirúrgicos. Há, também, a questão da vacinação de raiva. Deixar estes animais na rua tem todo um custo à prefeitura”, afirma.

Número de ocorrências

Em resposta ao pedido de informação, o Samu informou que, entre os meses de janeiro e junho, foram registradas 81 ocorrências deste tipo. Porém, não há dados específicos de mordidas caninas, apenas relacionados.

Em fevereiro, foram registradas 15 ocorrências. Em março, foram 12; abril, sete; maio, 14; e junho, 13, além do recorde de registros no ano de 2022, que foi janeiro, com 20 casos.

A Unidade de Limpeza Urbana revelou também que há registros de um acidente relacionado a ataques de cães por mês em Joinville. A gerência ainda citou detalhes.

Segundo dados do Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho da Concessionária de Limpeza Urbana Ambiental, a maior incidência deste tipo de ocorrência está relacionada a animais nas casas em que as lixeiras estão do lado de dentro da residência.

“Todos os casos registrados que efetivamente geraram acidentes, ferimentos e lesões aos coletores estão relacionados aos ataques de animais no interior das propriedade”, informa a Unidade de Limpeza Urbana em resposta ao vereador.

Há casos, também, de perseguição e ataques por animais que fogem de suas residências, conforme informou a gerência. Além disso, perseguição de coletores por animais abandonados também são observadas.

Reunião com a Frada

Para solucionar o problema, o vereador afirma que está em contato com a Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada), de Joinville, para tratar do assunto. Ele detalha que os pedidos de informação foram feitos para que tenha um número mais detalhado de casos de ataques.

“Marcamos uma reunião com a Frada para que eles possam nos ajudar a dar um direcionamento. Não adianta apenas acusar. Gosto de ter os dados, fazer um plano de ação e passar para o Executivo para que eles possam avaliar a possibilidade de colocar em ação”, finaliza.

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