Atlas da Violência: Joinville tem queda no número de homicídios
Joinville teve 60 homicídios em 2022
Joinville teve 60 homicídios em 2022
Joinville é a 57ª cidade do país com menos homicídios entre os 319 municípios com mais de 100 mil habitantes e tem diminuído os números anualmente, de acordo com os dados divulgados pelo Atlas da Violência 2024, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
A pesquisa é de 2022 e aponta que Joinville teve 59 homicídios registrados e 1 oculto, que é a morte não explicada, o que dá uma taxa de 9,7% de assassinatos por 100 mil habitantes. Em números absolutos, Joinville e Florianópolis lideraram o número de homicídios (60 e 48, respectivamente) em Santa Catarina, mas contribuíram para que o estado tivesse, pela primeira vez, uma taxa de assassinatos menor que 10%.
O jornal O Município Joinville conversou com o comandante da 5ª Região da Polícia Militar (5ª RPM), coronel Marcio Leandro Reisdorfer, que apontou como positiva a queda na taxa de homicídios na cidade, e lembrou que os números já chegaram a passar de 100 em anos anteriores.
“Em 2021, tivemos 71 homicídios e o número caiu para 60, em 2022, e se repetiu em 2023. Considerando que a cidade já chegou a ter 120 e 130 homicídios há uns anos, acreditamos que estamos no caminho certo para continuarmos na redução da violência”, pontua o militar.
O comandante também apresentou outros números da pesquisa “Cidades Mais Seguras do Brasil”, baseados em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde, que apontam Joinville como o 7º mais seguro em comparação aos municípios com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes.
Na pesquisa do IBGE, Joinville teve uma taxa de assassinatos de 10,3%, empatada com Sorocaba, em São Paulo. Os números também são referentes a 2022, porém, com resultado diferente do Atlas da Violência.
A pesquisa feita pelo Atlas apresentou dados apenas sobre homicídios, no entanto, o chefe da Polícia Militar informou que nenhum latrocínio foi registrado em 2022. Além disso, o coronel Reisdorfer também revela que as taxas de roubos e furtos no ano seguinte, em 2023, também apresentaram queda.
“Claro que estamos falando somente no parâmetro de homicídios, mas também diminuímos os furtos e roubos em 50% no ano passado. Também não tivemos nenhum latrocínio, que é o roubo seguido de morte, em 2023. Então isso mostra que estamos mantendo a redução nos últimos dois anos”, explica.
A reportagem também conversou com o delegado regional da Polícia Civil, Rafaello Ross. Ele fala sobre o aumento no número de prisões efetuadas, e das operações realizadas para diminuir, segundo a corporação, em 80% os crimes de homicídio na cidade.
“A Polícia Civil de Joinville aumentou em 68% o número de prisões efetuadas e de operações policiais, desestruturando células de fações criminosas e combatendo o crime organizado. Além disso, foi alcançado o marco histórico de 80% de resolução dos crimes de homicídio”, destaca o delegado.
De acordo com o comandante da 5ª Região da Polícia Militar, até o mês de junho de 2024 já foram registrados cerca de 20 homicídios em Joinville. Márcio Reisdorfer acredita que se mantiver os números para o segundo semestre, a tendência é que haja mais uma queda na taxa de assassinatos neste ano.
“Nós já vínhamos em uma redução de 20% de 2021 até 2023 e agora já estamos na metade de 2024 e tivemos menos de 20 homicídios. Então se mantiverem estes números, vamos apresentar mais uma redução nesta taxa”, analisou.
Para o delegado Rafaello Roos, os dados positivos são frutos de uma estratégia de aprimoramento das investigações, investimentos em tecnologia e na capacitação contínua dos policiais.
“Os números positivos resultam de investimentos, integração e da inteligência de segurança pública, além do impacto na redução da impunidade, umas das causas da violência. Em 2024 a tendência de queda continua, sendo registrada uma diminuição de 42% no número de mortes violentas em comparação ao mesmo período do ano de 2023”, finaliza.
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