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Atleta é vítima de racismo em partida dos Joguinhos Abertos em Rio do Sul
Jogador registrou um boletim de ocorrência
O atleta Cauã Rosa dos Anjos, integrante da categoria de base sub-18 do Figueirense Futebol Clube SAF, de Florianópolis, sofreu ataques racistas durante uma partida dos Joguinhos Abertos em Rio do Sul, na sexta-feira, 25.
A partida era do Figueirense contra o Rio do Sul. Em nota, o clube afirmou que Sassá, como é conhecido o jogador, foi alvo de ofensas racistas por parte de torcedores locais logo após a disputa por pênaltis, com destaque para a ação de um homem. Ele foi identificado, e um boletim de ocorrência foi registrado por Cauã logo após a partida.
Segundo o Figueirense, o homem teria chamado Sassá e outros atletas de “pretos” e “macacos sujos”, entre outros insultos.
“Nos causa ainda mais estranheza e indignação a presença maciça de integrantes da equipe adversária na Delegacia de Polícia, desdenhando dos fatos no momento do registro do referido boletim de ocorrência, num ato repugnante de relativização das ofensas cometidas”, afirma o clube.
O Figueirense destacou ainda que não medirá esforços para que o caso seja apurado e os envolvidos, devidamente punidos. Por fim, manifestou apoio aos atletas, em especial a Sassá.
Prefeitura e Fesporte se manifestam
A Prefeitura de Rio do Sul também se pronunciou por meio de nota oficial. Como cidade-sede e co-organizadora dos Joguinhos Abertos, afirmou repudiar todo e qualquer ato de racismo.
“Ressaltamos que a acusação não envolve nenhum atleta, membro da comissão técnica, dirigente ou pessoa ligada diretamente à equipe de Rio do Sul ou à organização do evento. Os fatos devem ser apurados com rigor e, se confirmados, punidos conforme determina a legislação vigente”, declarou a prefeitura.
A Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) também foi informada sobre o caso e afirmou condenar qualquer ato racista. A entidade ressaltou que o esporte é uma ferramenta de união, superação e celebração da diversidade.
“A Fesporte reitera seu compromisso inabalável com a promoção de um ambiente esportivo inclusivo, igualitário e respeitoso para todos, sem distinção de cor, etnia, origem ou qualquer outra característica. Racismo é um crime e deve ser combatido em todas as suas formas, dentro e fora das quadras, campos e ginásios”, declarou a fundação.