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Audiência pública na Alesc debate criação da Rota Turística do Tiro em Santa Catarina

Joinville, Araquari e Jaraguá do Sul são algumas das cidades que estão circuito traçado no projeto

Audiência pública na Alesc debate criação da Rota Turística do Tiro em Santa Catarina

Joinville, Araquari e Jaraguá do Sul são algumas das cidades que estão circuito traçado no projeto

Redação O Município Joinville

Uma audiência pública debateu o projeto de lei 403/2021, que institui a Rota Turística do Tiro, englobando municípios de diversas regiões de Santa Catarina. A reunião ocorreu na noite desta terça-feira, 12, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).

Lideranças políticas, representantes de sociedades culturais, clubes de atiradores, caçadores e colecionadores de armas (CACs), e de entidades ligadas ao setor do turismo participaram do encontro.

O debate foi promovido pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente, a pedido do deputado Sargento Lima (PL), autor do projeto, e teve o objetivo de colher sugestões para aprimorar o texto.

Na abertura do evento, Sargento Lima discorreu sobre as tradições trazidas pelos imigrantes europeus, que tornaram o uso das armas parte da cultura de Santa Catarina. Ele observou que, em razão disso, a população catarinense atualmente está entre as que mais possui, proporcionalmente, porte de armas no país, com o estado se destacando também por sediar eventos específicos sobre o tema, como a festa dos atiradores (Schützenfest), em Jaraguá do Sul; a Shot Fair Brasil, maior evento de negócios do setor no país, realizada em Joinville; o Congresso de Operações Especiais (COP Internacional), em Florianópolis; e a Texas Expo Tiro, Em Balneário Camboriú. “Não precisamos construir uma tradição no estado, só aprender a faturar com ela”, argumentou.

Inicialmente o circuito traçado no projeto inclui 11 cidades, iniciando por Joinville, passando por Araquari, Jaraguá do Sul, Pomerode, Timbó, Blumenau, Rio do Sul, Brusque, Balneário Camboriú, São José e finalizando em Florianópolis. Lima, entretanto, manifestou a possibilidade de incluir outros municípios no projeto. “Esse é um projeto que tem uma característica de inserção, nenhum município que desejar participar ficará de fora”, disse.

Reivindicações

Leila Modro, de Jaraguá do Sul, solicitou a realização de uma alteração no texto do projeto para incluir a previsão de convênios entre as entidades ligadas ao esporte e ao turismo com o setor público. “No projeto não consta a parte de fomento do estado. Existe sim a previsão de parceria pública e privada, mas seria importante incluir a palavra fomento para que nos orçamentos dos próximos anos possa ser destinado algum valor para os clubes de caça e tiro por meio de alguma emenda parlamentar ou por meio da Santur.”

O pedido foi reforçado pelo presidente da comissão organizadora da Schützenfest, Alcides João Pavanello. Segundo ele, somente nesta festividade, estão presentes 17 sociedades de tiro esportivo dos municípios da região e a grande parte delas é mantida por meio do apoio de voluntários. “Eu pediria aqui às autoridades presentes que pensassem muito nas sociedades de tiro, pois se não houver algum auxílio, alguma ajuda, a tendência é que, infelizmente, elas sucumbam.”

Manifestações de apoio

Já durante a audiência alguns deputados manifestaram apoio ao projeto, com Maurício Eskudlark (PL) argumentando que o projeto deve possibilitar o fortalecimento dos Cacs do estado, e Doutor Vicente Caropreso (PSDB) afirmando que a Rota do Tiro tem o potencial de agregar um novo atrativo turístico a Santa Catarina.

Presente ao evento, o senador Jorginho Mello (PL-SC) também parabenizou Lima pela proposição, destacando que o turismo é uma das atividades que mais geram emprego e renda no mundo e que a instituição da Rota do Tiro colocará Santa Catarina na vitrine do turismo esportivo nacional.

Opinião semelhante foi apresentada por Jorge Seif Júnior, que atuou como secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no governo Bolsonaro. Ele afirmou possuir ser um aficionado pela prática do tiro esportivo, possuindo 12 armas, e que a atividade é uma grande geradora de empregos e renda. “Creio que a nossa Santa Catarina, já com quase 600 lojas, clubes e despachantes, tendo o seu turismo gastronômico, o seu turismo litorâneo, seu turismo de praia, religioso, de entretenimento, também deve ter oportunidade de ter o seu turismo de tiro esportivo.”

O aspecto esportivo do projeto também foi observado durante a audiência pública, por meio da fala de Jeferson Ramos Batista, que atua como gerente de Políticas e Projetos da Fesporte.

Conforme disse, a iniciativa visada por Lima pode representar um acréscimo às ações já tomadas pelo poder público estadual para o fomento do tiro esportivo, que está presente nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). “Nós demos um grande passo tendo a Bolsa-Atleta, mas podemos fortalecer ainda mais o esporte catarinense e apoiar essas entidades que fazem acontecer o esporte em Santa Catarina”, disse.

No trâmite no Parlamento estadual, o projeto de lei 403/2021 já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça, e atualmente encontra-se em análise na Comissão de Turismo.


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