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Auxiliar de enfermagem que morreu de Covid-19 em Joinville será homenageado
Luiz Kakau, como era conhecido, receberá medalha em memória
O auxiliar de enfermagem Luiz Carlos de Oliveira, conhecido como Kakau, que atuou no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt por 38 anos e morreu de Covid19 neste ano, será homenageado, in memorian, na Câmara de Vereadores de Joinville.
Kakau foi indicado pelo vereador Cassiano Ucker (Cidadania) a receber a Medalha Antônia Alpaídes, que reconhece cidadãos negros que se destacam em Joinville.
A esposa de Kakau, Marisa Coelho de Jesus, receberá a honraria, que será entregue no dia nesta sexta-feira, 19, às 19h, na Câmara de Vereadores de Joinville, justamente no mês da Consciência Negra.
Vítima da Covid-19
A morte do auxiliar de enfermagem, no dia 7 de abril de 2021, gerou comoção entre profissionais da saúde, repercutiu na imprensa e nas redes sociais. “Conhecido pelo sorriso e muito querido pelos colegas, ele com certeza merece essa homenagem póstuma. Sua contribuição para o hospital e para a saúde dos incontáveis pacientes que ajudou é notória; e seu sorriso, vivo na memória de quem o conheceu, nunca se apagará”, afirma o vereador e médico Cassiano Ucker.
“Esperamos, com a Medalha Antônia Alpaídes, eternizar na história de Joinville o nome desse cidadão negro, pai de família, funcionário público da área da saúde, que fez a diferença na linha de frente de combate à Covid, exemplo para as presentes e futuras gerações”, complementa.
Conheça Luiz Carlos de Oliveira
Joinvilense, nascido em 1° de junho de 1959, o estudante da Escola Annes Gualberto começou no hospital como auxiliar de serviços gerais, no dia 24 de abril de 1989. Depois, formou-se na Advance, e passou a atuar como auxiliar de enfermagem. Trabalhou na Emergência, nas Unidades de Internações, e mais recentemente estava atuando na Farmácia.
Quem o conhecia, sabia que sua marca era o sorriso e a prontidão para ajudar a todos, sem distinção. “Sempre brincalhão, não tinha tempo ruim pra ele. Sempre feliz, com um sorriso lindo sempre”, diz a esposa, Marisa Coelho de Jesus.
Ela conta que veio a pandemia, e ele estava atuando na linha de frente. Falava que não estava fácil, mas não iria desistir. “Pela idade, era para ele ter se afastado por conta da Covid, mas não quis por amor a profissão”, enfatiza.
Estava de férias fazia 15 dias, quando contraiu a Covid-19, e acabou falecendo no dia 7 de abril de 2021, deixando enlutados a esposa, cinco filhos, 12 netos, 15 irmãos, outros muitos familiares e amigos que fez dentro e fora do hospital, já que era famoso pela simpatia e alegria.
Alegria essa que esbanjava também no Carnaval, inclusive como Rei Momo de Joinville. Kakau tinha acabado de se aposentar, e acabou sendo uma das mais de 600 mil vítimas da pandemia no Brasil. “Para a família, foi um baque, pois ninguém esperava. Foi de uma hora pra outra, ele estava bem, sempre alegre, ninguém esperava”, conta Marisa.
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