Bailarinos mudam rotina sem o Festival de Dança de Joinville, que teria começado na terça-feira

Se não fosse pela pandemia da Covid-19, o Festival de Dança de Joinville teria inicio nesta terça-feira, 21

Bailarinos mudam rotina sem o Festival de Dança de Joinville, que teria começado na terça-feira

Se não fosse pela pandemia da Covid-19, o Festival de Dança de Joinville teria inicio nesta terça-feira, 21

Fernanda Silva

Pela primeira vez em 38 anos de história, o Festival de Dança de Joinville, que teria início nesta terça-feira, 21, precisou ser cancelado por conta da pandemia do coronavírus. Sem o evento, a sensação que fica, principalmente para os bailarinos, é de vazio.

Na terça-feira a noite de abertura teria lotado o Centreventos Cau Hansen. Apesar das mais de três décadas, o festival ainda cresce. Em 2019 bateu recorde com mais de 9 mil inscrições, entre participantes, competidores e interessados em participar dos cursos, workshops e oficinas.

“Coração apertado. Chega julho e não tem como não lembrar das aglomerações, Feira da Sapatilha, das comidas, dos cheiros, das trocas”, lembra o diretor e coreógrafo Fernando Lima.

Apesar de participar do evento há mais de 15 anos, Lima faria uma estreia nesta edição. Seria a primeira vez que participaria com o Centro de Dança e Pesquisa Fernando Lima, escola criada por ele em 2019. Eles haviam se inscrito nas categorias de Jazz e Contemporânea.

“Claro que fiquei triste. Estou no Festival desde que me conheço por gente, ia com o pai que era fotografo. Eu entrei nessa carreira pelo Festival”, diz Lima.

A diretora e professora Liliana Vieira, da Companhia de Dança de mesmo ano, completaria 21 anos de Festival nesta edição. O sentimento de alegria que envolvia o evento deu lugar ao vazio. “Fica algo faltando”, conta. Quem também estava com a expectativa lá em cima, eram as crianças, com quem Liliana trabalha as Danças Populares. “Ficaram desmotivados com toda essa situação”, comenta.

Liliana não esperava o adiamento do evento, achava que poderia ocorrer em outro formato se os casos de Covid-19 fossem diminuindo durante o ano, o que não ocorreu. Enquanto aguardam a nova edição, o desafio não é só praticar e ensaiar, explica a diretora, mas manter as crianças motivadas a seguirem o sonho da dança.

Apesar da tristeza de não poder presenciar o clima caloroso do Festival, diferente de Liliana, Lima conta que já esperava que o adiamento. Isso porque ainda em março, outro  evento que participaria, em Nova York, foi cancelado. “É algo necessário, foi um posicionamento sensato do Festival”, opina. O diretor acredita que, com o número de mortes e infectados pela Covid-19 no país, o evento deve esperar.

Centro de Dança e Pesquisa Fernanda Lima/Divulgação

Rotina durante a pandemia

Sem o evento e no meio de uma pandemia, a rotina das escolas e companhias precisou mudar. As máscaras foram adicionadas aos figurinos e o álcool em gel às salas.

No caso do Centro Fernando Lima, como as inscrições e os vídeos das coreografias já foram enviados, os ensaios foram suspensos temporariamente. As aulas continuam e acontecem apenas uma vez por semana, durante uma hora.

Lima diz que é importante manter as atividades, assim o corpo dos bailarinos continua habituado aos exercícios, o que evita lesões e mantêm os alunos prontos para o retorno, quando for possível.

Na companhia de Liliana, os ensaios continuam, mas com um ritmo menor do que o comum. As aulas são feitas com turmas menores, de no máximo oito alunos, também por uma hora, enquanto os demais acompanham pelo Zoom, ferramenta de videochamada. As inscrições pro Festival também já foram realizadas. O grupo aguarda um momento mais seguro para fazer a gravação da coreografia que será enviada à curadoria.

A Companhia de Dança Liliana Vieira vai passar o período treinando novas coreografias, de todas as categorias presentes no evento para celebrar a arte da dança.

Com o objetivo de marcar a data em que o festival ocorreria neste ano, o Centro de Dança e Pesquisa Fernando Lima irá participar de uma aula de jazz online, promovida pelo Shopping Mueller, que normalmente sedia um dos palcos abertos do evento. As aulas e apresentações serão às 10 horas, no Facebook e Instagram do shopping.

Confira a programação:

Sexta-feira (24 de julho): Aula de Fit Dance | Professora Dani Catarino | Kulture Kaos
Sábado (25 de julho): Aula de Dança de Salão | Professor Fábio Simões | Fábio Simões Dança De Salão
Domingo (26 de julho): Aula de Balé Clássico | Professora Letícia Olegário | Liliana Vieira Cia De Dança
Segunda-feira (27 de julho): Aula de Danças Populares | Coreógrafa Elisiane Wiggers | Instituto Festival de Dança
Quarta-feira (29 de julho): Aula de Zumba | Professora Débora Custódia | Academia The Best
Sexta-feira (31 de julho): Apresentação Danças Polovitsianas da ópera “O Príncipe Igor” | Escola do Teatro Bolshoi no Brasil


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