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Bombeiro de Joinville que recebeu alta do coronavírus conta como tem sido os primeiros dias em casa

Carlos Dresch precisou ficar 15 dias no hospital, esteve internado e precisou ser entubado. Agora, se recupera em casa

Faz poucos dias que o bombeiro voluntário e enfermeiro Carlos Dresch, 35 anos, recebeu alta após ser infectado pelo coronavírus. Na segunda-feira, 13, ele saiu do hospital após 15 dias. A rotina não voltou a ser a mesma completamente.

“Está sendo um novo aprendizado, caminhar está sendo uma batalha”, conta Dresch. Ele ainda se sente cansado e está tomando algumas medicações, mas acredita na recuperação e na melhora com o passar dos dias.

O bombeiro precisou ficar hospitalizado por duas semanas, sendo que por 11 dias ficou na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), três deles entubados. Ao sair do hospital, recebeu uma homenagem da famílias e dos amigos.

Mas durante esse tempo, o que mais sentiu falta foi do carinho das filhas e da esposa. “Logo quando cheguei em casa foi o momento de matar a saudade”, conta.

Ele diz também que sentiu falta de coisas como sentir o vento no resto e ver a luz do dia. Desde a alta, Dresch tem olhada para as coisas com mais calma e admiração.

Como ainda está em recuperação, tomando medicações e se sentindo cansado, ficará em repouso por 30 dias.

Primeiros sintomas

No início, Dresch não imaginava que podia estar com coronavírus, ele conta que os primeiros sintomas pareciam de uma gripe comum. Sentiu dores no corpo, mal estar e teve febre de 37.8°C.

Foi com o decorrer dos dias, nove, exatamente, que os sintomas evoluíram. “Opa, isso eu nunca senti antes. Algo mais forte que começou a me derrubar”, se lembra. Foi aí que começaram as náuseas, falta de apetite, tonturas, além da febre, que subiu para 38.5ºC.

Neste momento, o bombeiro já estava em isolamento domiciliar, ação que manteve por uma semana, tratando com medicações prescritos por um médico. Quando começou a sentir falta de ar, foi encaminhado ao hospital. “Não conseguia mais sair da cama, então chamei a ambulância”, conta.

Dresch conta que, durante a internação, chegou a pensar que não conseguiria vencer a doença. Hoje, ele agradece a quem esteve ao seu lado. Ele não deixa de lembrar do atendimento e carinho dos profissionais de saúde e das correntes de oração que, segundo ele, o motivaram diversas vezes.