Bombeiro voluntário de Joinville realizou sonho de infância ao entrar na corporação
Em oito anos de atuação, Márcio Capistrano tem ocorrências marcantes na lembrança
Ser bombeiros era um sonho de infância que Márcio Capistrano, de 44 anos, realizou em 2012 quando ingresso no Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. Ele foi incentivado por um sobrinho, mas já tinha nas memórias as histórias contadas pelo irmão, que foi bombeiro na década de 1990.
Momentos marcante e também difíceis estão na memória de Márcio Capistrano, que compartilhou com O Município Joinville nesta quinta-feira, 2 de julho, Dia Nacional do Bombeiro. A data celebra a fundação da primeira corporação do país, em 2 de julho de 1856, por criação de Dom Pedro II. Exatos 36 anos depois nasceu em Joinville o primeiro Corpo de Bombeiros Voluntários do Brasil. Hoje a entidade conta com mais de 1.700 pessoas, entre eles mirins, voluntários e efetivos.
A história de Capistrano com os bombeiros começou em 2012, quando fez curso de motorista do Corpo de Bombeiros, e atuou por dois anos, com permissão para dirigir o caminhão de combate ao incêndio e a Unidade de Saúde Básica. Após esse período, fez o curso de formação para bombeiro.
Ele divide as ações na corporação com a atividade de técnico em próteses dentárias. Na corporação, hoje, Capistrano também faz parte da Guarda de Honra, que realiza eventos com autoridades, homenagens e desfiles em datas comemorativas. A farda utilizada neste tipo de evento é a branca.
O bombeiro conta que, como voluntário, deve cumprir no mínimo 24 horas de plantão por mês, dividindo as horas por um plantão por semana. A guarnição completa se compõe de cinco integrantes: um motorista e quatro bombeiros. São dez unidades na cidade.
Dentre as ocorrências, uma das mais marcantes é o incêndio das lojas Sibara, no Centro, em 31 de março de 2016. Capistrano não esquece do momento em que entrou no prédio, com as vigas aéreas expostas, e o concreto muito quente. A loja ficou praticamente destruída.
Outro fato marcante foi o atendimento ao então coordenador dos bombeiros, Ademar Stewe, que sofreu uma queda em sua residência. Em virtude do acidente, ele acabou perdendo a vida, em 2015.
Apesar dos momentos tristes, Capistrano destaca “o companheirismo com os irmãos de farda, sempre unidos e a satisfação que dá fazer parte desse grupo”. Para ele, ser bombeiro, além de um sonho de infância, é uma paixão e missão.