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Câmara de Joinville aceita pedido para abrir comissão que pode cassar mandato de Mauricinho Soares

Pedido foi aceito por unanimidade pelos vereadores nesta segunda-feira

Nesta segunda-feira, 11, a Câmara de Vereadores de Joinville aceitou por unanimidade no plenário o pedido de abertura de uma comissão processante contra o vereador Mauricinho Soares, preso novamente na última sexta-feira, 7, na segunda fase da Operação Profusão.

O pedido foi levado aos demais vereadores pelo presidente da Câmara, Diego Machado, que não votou por ser o proponente. Também não votou o vereador Érico Vinicius (Novo) por estar na mesa diretora.

Segundo Machado, a decisão de abrir o pedido começou a ser discutida ainda na sexta-feira e se concluiu nesta segunda-feira, após uma reunião com assessoria jurídica da Câmara, mesa diretora e membros da comissão de ética, que também vai apurar se Mauricinho Soares feriu o código de ética e decoro ao ser flagrado com uma arma sem registro.

O parlamentar também reforçou que a proposta de pedido aconteceu após a Polícia Civil dar mais detalhes da suspeita de participação de Mauricinho no esquema de fraudes no sistema do Detran.

Com a aprovação, foram sorteados três parlamentar para compor a comissão processante. São eles: Cleiton Profeta (PL), Kiko do Restaurante (PSD) e Cassiano Ucker (União).

O grupo terá 90 dias corridos para tomar uma decisão, que será submetida posteriormente ao plenário.

“Papel de Intermediador”

A Polícia Civil divulgou mais detalhes sobre a segunda fase da operação Profusão em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira, 11. Durante a operação o vereador Mauricinho Soares (MDB) foi preso preventivamente.

Segundo o delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, a segunda fase foi realizada em um curto período após a primeira fase devido à celeridade do trabalho de análise da Polícia Científica. A primeira fase aconteceu no dia 30 de novembro e a segunda nesta sexta-feira, 8.

Com os materiais analisados, a polícia conseguiu comprovar de forma mais contundente a participação do vereador no esquema de fraudes no sistema do Detran. Conforme a Polícia Civil, devido à sua atuação política, o vereador usava a sua influência para cooptar pessoas para se beneficiarem do esquema fraudulento.

Primeira prisão

No dia 30 de novembro, o vereador Mauricinho Soares (MDB) havia sido preso pela Polícia Civil. Segundo a polícia, ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo e iria responder por crimes de falsidade ideológica e organização criminosa. Na ocasião, ele foi solto após pagamento de fiança.


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