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Câmara de Joinville aprova moção para parabenizar presidente Jair Bolsonaro

Representes de partidos políticos da cidade enviaram à CVJ carta contra a moção

A Câmara de Joinville aprovou nesta segunda-feira, 20, durante sessão ordinária, moção de autoria do vereador Wilian Tonezi (Patriotas) para parabenizar o presidente Jair Bolsonaro pelo seu governo. Entre os presentes na sessão, nenhum vereador se opôs a moção.

Segundo texto, o presidente deve ser parabenizado “pelos serviços prestados à nação brasileira tendo como pilares Deus, Pátria e Família, atuando fortemente no combate à corrupção, diminuição do Estado, liberdade de expressão e o resgate do patriotismo”, sugere o texto.

Na CVJ, Wilian pediu apoio dos legisladores para aprovação da moção. Ele ainda afirmou que espera parabenizar o presidente pessoalmente neste fim de semana, durante sua vinda a Balneário Camboriú para participar da Marcha para Jesus.

“Espero que possa eu entregá-la em nome da CVJ e dos mais de 600 mil cidadãos joinvilenses que querem, sim, dar parabéns ao nosso presidente por tudo que ele fez pela nação brasileira nestes últimos quatro anos”, afirmou.

O presidente da Câmara, Maurício Peixer (PL), também falou em favor da aprovação da moção. Em sua fala, defendeu o combate a corrupção melhorou durante o governo de Bolsonaro. “Tem sofrido um combate fortíssimo por ações corretas que toma”, disse.

Após ser aprovada na sessão ordinária, a moção ainda precisa ser assinada pelo presidente da Câmara, Maurício Peixer (PL).

Carta aberta de partidos políticos

Nesta terça-feira, 21, os partidos PSOL, PCdoB, REDE, PSB e PCB assinaram carta enviada à CVJ contra a moção que parabeniza o presidente. “O que ocorre, todavia, é que o nosso país encontra-se mergulhado em uma enorme crise social, econômica e política”, afirmam as organizações políticas na carta.

Além disso, os partidos refutam algumas justificativas dadas para parabenizar o presidente, como combate a corrupção e liberdade de imprensa, por exemplo.

“Como se congratula pelos serviços de combate à corrupção um cidadão que está envolvido até o pescoço em esquemas escandalosos de corrupção junto com seus comparsas e sua família? Como se congratula pela liberdade de expressão um presidente que trata a imprensa nacional e internacional como se fossem inimigos e que impõe sigilo de 100 anos até na carteira de vacinação?”, questionam os partidos.

Por fim, a carta afirma que a moção aprovada não representa com totalidade os joinvilenses. “A moção 549 não representa nosso povo”, finalizam.

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