X
X

Buscar

Câmara de Joinville arquiva processo de cassação de Odir Nunes

Munícipe alegou quebra de decoro por parte do vereador contra o prefeito de Joinville, Udo Döhler, durante sessão

A Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ) irá arquivar o pedido de cassação de Odir Nunes nesta segunda-feira, 27. O processo começou com a representação do munícipe Carlos Eduardo da Silva, que alegou quebra de decoro por parte do vereador ao incitar a violência contra o prefeito Udo Döhler, durante sessão no dia 7 de julho.

Apesar do pedido ter sido acatado pelos vereadores da CVJ após votação, ele será arquivado por conta da ilegitimidade do denunciante. Segundo a procuradora geral da CVJ Carolina de Medeiros, a lei obriga que as denúncias sejam feitas por eleitores. “O munícipe apresentou o título eleitoral, mas ele está suspenso e não é considerado eleitor”, explica. O documento ainda deve passar por leitura durante sessão desta segunda-feira para então ser arquivado.

A denúncia foi realizada por conta de uma fala de Odir Nunes sobre a manifestação dos empresários afetados pelas obras do Rio Mathias na região central da cidade.

“Eu quero agradecer a essas pessoas, empresários, e quero dizer que se eu fosse empresário eu ia atrás do prefeito e, num evento em que ele tava, dava uma camaçada de pau no prefeito. É verdade. Merece apanhar porque aonde já se viu deixar famílias inteiras passando dificuldades; empresários que passaram a vida toda, a vida toda, para conseguir algo e agora no final vem um homem dessa postura e acaba com a cidade, com os seus sonhos e o da sua família”, disse Odir à época.

Defesa de Odir Nunes

Após processo de cassação aberto, Odir Nunes, por meio de nota, emitiu uma declaração sobre a representação pública apresentada. Ele afirma que, neste momento, não adianta uma retratação e que o intuito do pedido é calar os que vão contra a base do governo.

O vereador também disse que, em seus 32 anos de vida pública, nunca incitou ninguém à violência e que tinha pedido desculpas diretamente ao prefeito.

“Sim, não deveria ter dito, mas no calor das emoções, de ver no que se transformou o centro da cidade pela ‘geston’ atual, saiu no momento. Força de expressão, jamais defendi a violência e não vejo nela solução. É a fala da emoção de ver tamanha irresponsabilidade com os comerciantes do centro, bem como de toda Joinville Resultado: falou mal da ‘geston’: expulsa, essa é a decisão da base. Ditadura de Joinville instalada”, escreveu, em nota.