Câmara de Joinville cobra mais vagas para dependentes químicos em comunidades terapêuticas
Secretária de Saúde informou que o edital está em elaboração e que a prefeitura tem urgência no seu lançamento
Secretária de Saúde informou que o edital está em elaboração e que a prefeitura tem urgência no seu lançamento
Membros da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores foram recebidos na última quinta-feira, 7, na Secretaria de Saúde de Joinville. Os parlamentares cobraram que o município credencie comunidades terapêuticas para o acolhimento de dependentes químicos, apelo que vem sendo feito pelo menos desde 2022.
Pastor Ascendino Batista (PSD), que preside a comissão, e os vereadores Brandel Junior (PL), Neto Petters (Novo) e Franciel Iurko (MDB) foram recebidos pela equipe da secretária Daniela Aparecida Gregório França Cavalcante, formada pela gerente de Saúde Especial e Mental, Ana Caroline Giacomini, e pela diretora administrativa e financeira, Jocelita Colagrande.
“Nosso apelo é que o município faça o convênio com comunidades terapêuticas”, disse o Pastor Ascendino. “As famílias [de dependentes químicos] e as pessoas em situação de rua precisam de ajuda”, completou. Para ele, o atendimento não pode se resumir aos Caps, que são a porta de entrada para pacientes da saúde mental.
A secretária informou aos vereadores que o edital de credenciamento das comunidades terapêuticas está em elaboração. A quantidade de vagas e os critérios para escolha das comunidades estão passando por análise da secretaria. “O município não vai se omitir, também temos urgência no edital”, garantiu Daniela.
As cerca de 100 vagas disponíveis para acolhimento de dependentes químicos em comunidades, custeadas pelos governos estadual e federal, são insuficientes.
Segundo Pastor Ascendino, um edital foi feito em 2022, e comunidades foram cadastradas, mas o credenciamento não ocorreu. “Como a abordagem social vai fazer um trabalho efetivo [com pessoas em situação de rua] se não tem para onde encaminhar essas pessoas?”, questionou o vereador.
Em 30 dias, a comissão vai retomar o assunto para garantir que, desta vez, o edital avance. De acordo com a secretária, o apoio da comissão vai reforçar a argumentação no edital e junto a órgãos de controle da necessidade de aumento de vagas para comunidades.
O município tem convênio com uma clínica para internação de menos de dez pessoas. Elas recebem tratamento, inclusive medicamentoso, e cada vaga custa cerca de R$ 400 por dia. O custo em uma comunidade terapêutica – que oferece acolhimento, não internação – fica em torno de R$ 3 mil por mês. É um preço alto para as famílias, mas não para o município, reconheceu o Pastor Ascendino.
A secretária Daniela, no entanto, pediu apoio dos vereadores junto aos deputados para aumentar o envio de recursos e o número de vagas custeadas pelo Estado. Brandel Junior disse que vai intermediar a destinação de uma emenda federal de R$ 400 mil ao município para essa finalidade.
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