Fiesc / Divulgação
Campanha da Fiesc chama atenção para situação da BR-101 em Santa Catarina; entenda iniciativa
Estudos apresentam soluções de curto, médio e longo prazos para a rodovia
Será lançada nesta sexta-feira, 23, às 10h30, pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a campanha SC Não Pode Parar, com o objetivo de sensibilizar os catarinenses para a gravidade de um problema que pode travar Santa Catarina e da necessidade de buscar soluções.
O foco inicial é a BR-101, porém outras rodovias como a BR-470, BR-280, BR-282 e BR-163 também estarão em evidência. Serão 12 meses de movimentação, com debates, palestras e ações para discutir alternativas para a solução dos gargalos que envolvem essas rodovias. O evento pode ser acompanhado pelo canal da Fiesc no YouTube.
De acordo com o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, Santa Catarina cresce acima da média nacional, impulsionada pela indústria. “Somos referência e nossa economia é diversificada. Podemos avançar cada vez mais, no entanto, as conquistas do passado não garantem o futuro desejado. Precisamos agir agora. Uma das principais questões a enfrentar é a situação das rodovias do estado, muitas delas à beira do colapso”, destaca.
BR-101
A BR-101 é a primeira a ser explorada pela campanha por ser a rodovia de maior movimento e abrigar no seu entorno um complexo portuário estratégico e um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. Conforme a Fiesc, há falta de segurança e fluidez, o que trava as demais rodovias que trazem a produção gerada em todas as regiões catarinenses aos portos.
O PIB das cidades do entorno da rodovia quase dobrou, passando de R$ 76,4 bilhões em 2010 para R$ 144,3 bilhões em 2017. A frota desses municípios passou de 1,7 milhão para 2,6 milhões de veículos entre 2010 e 2019.
Em busca de soluções é necessário investir, no curto prazo, em ações e alternativas que aumentem a capacidade da rodovia. O Grupo Técnico BR-101 do Futuro, da Fiesc, e o Grupo Paritário de Trabalho da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresentaram projetos que têm elevado impacto na melhoria das condições da rodovia. São passagens em desnível, pontes, acessos, readequações de trevos e faixas adicionais, que demandam investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões, a valores de 2017.
Para estas obras saírem do papel diversas etapas precisam ser superadas. Como a BR-101 está sob concessão, para acelerar os investimentos, os projetos devem ser acrescentados ao contrato de concessão. Isso passa pela aprovação da ANTT, pois estes projetos não estão previstos no atual contrato. Os recursos virão do pedágio pago pelos usuários da rodovia, porém para não onerar muito o valor, existem alternativas, como estender o atual prazo de concessão ou diluir parte do valor do investimento na próxima concessão, depois de 2032.
Outras propostas levantadas são a implantação do free flow (pedágio por quilômetro rodado), avaliar a viabilidade de aumento de velocidade no trecho, utilizar balanças rodoviárias com o sistema de pesagem em movimento, implantar Sistemas de Inteligência de Tráfego, incentivar o uso da rodovia em horários alternativos, entre outros projetos que podem melhorar o fluxo e a segurança da rodovia.
Além disso, é preciso pensar no médio e longo prazos, com novas alternativas para movimentação de cargas, a chamada multimodalidade, ampliando o uso de outros meios de transporte. Isso quer dizer ligar Santa Catarina à malha ferroviária nacional, além de ampliar o uso de navegação de cabotagem, o uso de navios na costa brasileira.
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