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Campeonato Catarinense 2023: saiba como chega o JEC e conheça os outros 11 clubes na disputa

Coelho empatou com o Camboriú no jogo de estreia na competição

Bruno da Silva
Bernardo Gonçalves

O Campeonato Catarinense iniciou neste sábado, 14, com o Joinville Esporte Clube (JEC) tendo como grande objetivo conquistar uma das três vagas para a Série D de 2024, para voltar a ter calendário nacional após dois anos. O clube briga contra outros seis que também não possuem divisão nacional garantida para a próxima temporada.

Na estreia da competição, o Joinville empatou em 0 a 0 com o Camboriú no Estádio das Nações, em Balneário Camboriú.

Além dos grandes times do estado, a grande novidade para a temporada da elite do estadual é o Atlético Catarinense, time de São José, fundado em 2020, que tem o ex-jogador Romário como investidor e conseguiu uma ascensão meteórica.

Clubes participantes

Atlético Catarinense (sem divisão garantida)
Avaí (Série B)
Barra (sem divisão garantida)
Brusque (Série C)
Camboriú (sem divisão garantida)
Chapecoense (Série B)
Concórdia (sem divisão garantida)
Criciúma (Série B)
Figueirense (Série C)
Hercílio Luz (sem divisão garantida)
Joinville (sem divisão garantida)
Marcílio Dias (sem divisão garantida)

Como chega o Joinville

O Joinville, terceiro maior campeão estadual, tem, mais uma vez, o Campeonato Catarinense como sua “Copa do Mundo”.  O JEC busca uma das três vagas para a Série D do Campeonato Brasileiro em 2024, após ficar sem divisão nacional em 2022 e 2023 por conta de campanhas decepcionantes nos últimos anos.

E, para que isso se concretize, necessita realizar um bom estadual e ficar entre os três primeiros clubes que não possuem calendário nacional garantido, ou seja, que não disputam Série A, B ou C do Brasileirão.

Financeiro

A parte financeira do JEC é extremamente crítica. Em pedido de recuperação judicial para quitar uma dívida de mais de R$ 20 milhões com 334 credores, o clube deve ter uma despesa fixa em mais de R$ 100 mil por mês para realizar o pagamento do valor devido.

O mês exato em que a quantia começará a ser paga só deverá ser definido após a Assembleia-Geral de Credores, que acontece em primeira chamada no dia 26 de janeiro e em segunda chamada no dia 15 de fevereiro.

Para o Campeonato Catarinense, o clube informou que trabalha com uma folha salarial de R$ 260 mil. O valor agrega tanto o salário da comissão técnica quanto dos jogadores.

Técnico, elenco e pré-temporada

Com uma diretoria nova, que assumiu em novembro do ano passado e é comandada por Darthanhan de Oliveira, todo o elenco e comissão técnica foram reformulados. O novo comandante é Júlio Cesar Nunes, de 37 anos.

“A gente sabe que toda estreia gera uma expectativa muito grande, uma ansiedade, mas a gente está controlando muito bem isso. Estamos confiantes, pois fizemos uma pré-temporada boa. A diretoria nos deu todo o suporte para trabalhar”, frisa o técnico antes da partida deste sábado.

No total, foram três jogos-treinos durante a pré-temporada. Dois empates, contra Operário e Athlético Paranaense, e uma vitória contra o Rio Branco. Todos os adversários são do Paraná.

Para o estadual, foram 21 contratações, das quais se destacam os atacantes Roberson, campeão da Série C do Brasileiro com o Mirassol, e Henan, ex-Figueirense e Criciúma, além dos jogadores remanescentes e das categorias de base.

Confira o elenco completo do JEC para o Campeonato Catarinense:

Técnico: Júlio Cesar Nunes

Goleiros: Caio (base), Pedro Nagel (base), André Pinheiro (base) e Glauco.
Zagueiros: Vitão (base), Geovani, Éwerton Páscoa e Guilherme Moller.
Lateral Esquerdo: João Victor e Alexandre Melo.
Lateral Direito: André Mascena e Marcos Martins.
Volantes: Robertinho (machucado na pré-temporada e fica fora do estadual), Evanderson, Gilberto Júnior , Gledson Paixão e Nelsinho.
Meias: Danilo (base), Kaio Wilker, Vitinho, Alessandro Vinícius, Pedro Rodrigues e Bruno Leite.
Atacantes: Alexandre (base), Daniel (base), Willian da Silva (Mocooca), Lucas Douglas, Natan Ramos, Henan, Roberson e João Vitor (machucado na pré-temporada).

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Saiba mais sobre os outros times que disputam o Catarinense

Brusque

O Brusque já começa 2023 com um título garantido e diante do maior rival. O quadricolor derrotou o Marcílio Dias por 1 a 0 na quarta-feira, 11, e garantiu o troféu da Recopa Catarinense.

Para a temporada 2023, o elenco do Brusque passou por uma grande reformulação. Muitos jogadores deixaram o time, que, até agora, contratou 13 jogadores, além de um novo técnico, Luizinho Lopes, ex-Confiança.

O retorno do meia Thiago Alagoano, maior artilheiro da história do clube, é o grande destaque entre as novas contratações. Além dele, outros nomes conhecidos do futebol nacional chegaram ao Quadricolor, como o de Matheus Nogueira, ex-Londrina, Eduardo Kunde, ex-Avaí e Cuiabá, e Guilherme Queiroz, que acumula passagens por Figueirense e Vitória.

Apesar de muitas saídas, jogadores que foram titulares do time em vários momentos nas últimas temporadas permanecem, como o goleiro Ruan Carneiro, os zagueiros Ianson Wallace, o lateral-esquerdo Airton e o volante Rodolfo Potiguar.

Além das mudanças no futebol, o Brusque também terá que lidar com a queda de arrecadação para o novo ano. Sem o dinheiro dos direitos de transmissão da Série B e também com a saída da Havan, parceira histórica, o clube terá que buscar novas formas de arrecadação para se manter competitivo em uma temporada longa.

Atlético Catarinense

O Atlético Catarinense chega à elite do futebol catarinense com diversos jogadores experientes no elenco. O goleiro Sidão, ex-São Paulo e Botafogo, o zagueiro Felipe Santana, ex-Borussia Dortmund e Atlético-MG, o meia Didira, que passou muito tempo no CSA, e o atacante Marquinhos, campeão brasileiro com o Cruzeiro em 2014, são alguns dos contratados pelo clube para sua estreia na competição.

O técnico da equipe de São José é Arilson Costa. Sem estádio próprio, o CAC vai mandar seus jogos no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Avaí

Maior campeão catarinense ao lado do arquirrival Figueirense, o Avaí passa por uma reformulação que começou na posição de técnico, com a contratação do ex-meia Alex, que tem sua primeira experiência em um time profissional.

As contratações do time para a temporada são uma mescla entre jogadores jovens, como Thiago Rosa, da base do Grêmio, e Guilherme Santos, emprestado do Atlético-MG, e outros muito rodados, como o meia Robinho, que retorna ao clube após 11 anos, e os atacantes Waguininho e Ricardo Bueno. Destaque do time em 2022, o volante Raniele é procurado por vários clubes da Série A, e pode ter o mesmo destino da grande maioria do elenco rebaixado no Campeonato Brasileiro, que já deixou a Ressacada.

Barra

Após se manter na elite em sua estreia na primeira divisão do Campeonato Catarinense, o Barra, de Balneário Camboriú, que foi fundado há dez anos, será comandado por Hemerson Maria, que conquistou o título estadual em 2012, com o Avaí, e da Série B do Brasileiro em 2014, com o Joinville. Entre as contratações para a temporada, se destacam o lateral Muriel, titular do Figueirense em grande parte da temporada passada, o volante Silas, ex-Guarani e CSA, e o experiente atacante Hugo Almeida, que acumula passagens por Goiás, Náutico e América-MG.

Sem estádio próprio, o Pescador não vai mandar seus jogos em Balneário, apesar da disponibilidade do estádio das Nações. Os jogos do time como mandante serão no Hercílio Luz, em Itajaí.

Camboriú

Vice-campeão em 2022, o Camboriú tem pela frente uma temporada especial em sua curta história. Além do Campeonato Catarinense, o clube vai disputar pela primeira vez a Copa do Brasil e a Série D em 2023.

Para o comando técnico, a Cambura contratou Higo Magalhães, ex-Vila Nova. O elenco é bem diferente do que foi à final do estadual no ano passado, mas ainda conta com alguns remanescentes, como o zagueiro Neguete, o volante Milton Júnior e o lateral-esquerdo Bruno Oliveira. O clube ainda contratou três ex-jogadores do Brusque, o goleiro Belliato, o lateral João Carlos e o centroavante Júnior Pirambu.

Ainda sem ter o estádio Robertão disponível, o Camboriú vai mandar seus jogos no estádio das Nações, em Balneário Camboriú.

Chapecoense

Após disputar a final do Campeonato Catarinense por seis temporadas seguidas, a Chapecoense ficou de fora da decisão em 2022. Em uma temporada de mais baixos do que altos, o Verdão do Oeste lutou contra o rebaixamento na Série B e começa 2023 cercado de incertezas.

O clube acertou com Bruno Pivetti para treinador e iniciou as contratações já em novembro do ano passado, após o fim do Campeonato Brasileiro. Dentre as aquisições, estão o goleiro Airton, que veio do América-MG, o meia Bruno Nazário, ex-Juventude, e o atacante Ribamar, que estava no Vasco.

Concórdia

Semifinalista do Catarinense em 2022, o Concórdia garantiu uma vaga à Série D neste ano, o que significa o retorno à uma competição nacional após mais de uma década. O Galo do Oeste manteve o técnico Itamar Schulle e também boa parte da espinha dorsal do elenco, como a dupla de zaga Perema e William Alves e o meia Ruy, e também reforçou o elenco com nomes conhecidos, como o do meia e Cesinha, ex-Internacional e Botafogo, e o lateral Edilson, que teve longa passagem no Brusque.

Criciúma

Diferente da grande maioria dos rivais, o Criciúma terminou 2022 com o sentimento de dever cumprido, conquistando o título da Segundona Catarinense e fazendo uma boa campanha na Série B do Brasileiro.

O Tigre manteve seu técnico, Claudio Tencati, e também grande parte do elenco e fez algumas contratações, como o meia Marcinho e o atacante Júlio César, vindos do Guarani. A expectativa agora é para o acerto com Éder, atacante que já defendeu a Seleção da Itália, é formado na base carvoeira e tem passagens por Sampdoria, Inter de Milão e São Paulo.

Figueirense

O Figueirense terminou 2023 com a frustração de não ter alcançado seus objetivos. O Furacão não conseguiu o acesso à Série B do Brasileiro, caindo na segunda fase da Série C, e ainda foi eliminado nas semifinais da Copa Santa Catarina, consequentemente ficando sem a vaga à Copa do Brasil deste ano.

Com isso, o elenco foi praticamente refeito – 31 jogadores saíram e apenas quatro renovaram contrato. Para o início da temporada, o Figueirense, que tem 18 títulos estaduais, contratou o técnico Cristóvão Borges e outros 14 jogadores, entre eles o lateral William Matheus, formado na base do clube e que tem passagens por Vasco, Palmeiras e Fluminense, entre outros, e o jovem atacante Nicolas, que pertence ao Internacional e atuou na Série B 2022 pela Ponte Preta.

Hercílio Luz

O Hercílio Luz teve um 2022 positivo, com a vaga garantida na Série D deste ano e com o vice-campeonato da Copa Santa Catarina. Para tentar repetir o sucesso nesta temporada, o Leão do Sul mantém grande parte de seu elenco e o técnico Raul Cabral. A principal contratação da equipe de Tubarão, que tem dois títulos na história e vai disputar a elite do estadual pelo terceiro ano seguido, foi o meia Felipe Menezes, que já passou por Botafogo, Palmeiras e Ceará, entre outras equipes.

Marcílio Dias

Campeão da Copa Santa Catarina em novembro, o Marcílio Dias manteve o técnico Rogério Corrêa. Após ficar sem vaga na Série D, mas assegurar vaga à Copa do Brasil deste ano, o Marinheiro busca uma boa campanha no estadual para garantir lugar no Campeonato Brasileiro no ano que vem.

O Marinheiro contratou 16 jogadores para 2022, incluindo nomes experientes do futebol brasileiro, como o lateral-direito Luís Ricardo, ex-Avaí, Grêmio, Botafogo e São Paulo, o volante Tinga, ex-Palmeiras, Ceará e Brusque, e o atacante Rodrigo Pimpão, ex-Vasco e Botafogo.

Jogos da primeira rodada

Sábado, 14
16h30 Chapecoense 2 x 0 Avaí
19h Figueirense 1 x 0 Atlético Catarinense
20h Camboriú 0 x 0 Joinville

Domingo, 15
17h Marcílio Dias 0 x 2 Hercílio Luz
19h Criciúma 0 x 0 Concórdia
19h Brusque 2 x 0 Barra

Fórmula de disputa

A primeira fase do Catarinense 2021 terá 11 rodadas, com os 12 times se enfrentando em turno único. Os oito melhores se classificam para o mata-mata, que vai ter jogos de ida e volta até a decisão. Nas quartas de final, o primeiro enfrenta o oitavo, o segundo pega o sétimo, e assim por diante. Diferente do ano passado, o time melhor classificado não terá a vantagem de dois resultados iguais. Caso isso aconteça no mata-mata, a decisão será nos pênaltis.

Campeão e vice se garantem na Copa do Brasil de 2024. Os três melhores times que não disputarem as três principais divisões do campeonato brasileiro garantem vaga na Série D do ano seguinte. Os dois últimos são rebaixados.

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