Carro na contramão e escolta policial: joinvilense lembra nascimento do primeiro filho

Ericiane Rocio Trindade, hoje com 51 anos, relembra essa história de 1997

Carro na contramão e escolta policial: joinvilense lembra nascimento do primeiro filho

Ericiane Rocio Trindade, hoje com 51 anos, relembra essa história de 1997

Carro na contramão, escolta policial e parto prematuro. A história poderia muito bem ser adaptada ao roteiro de um filme, mas ela é real e aconteceu com Ericiane Rocio Trindade, joinvilense de 51 anos.

Na noite de 21 de maio de 1997, Eliciane, grávida de sete meses, se preparava para dormir quando foi tomada por uma dor que começava nas costas e terminava na barriga.

A mulher, então, começou a fazer caminhadas pela casa, a fim de aliviar as dores, mas elas continuaram madrugada adentro.

Ericiane Rocio/Arquivo pessoal

Foi então que ela decidiu ligar para seu médico, que receitou um remédio para dor. Na manhã seguinte, a mulher foi visitar o obstetra, mas ele ainda não havia chego ao consultório. Em conversas com a secretária, Ericiane foi surpreendida.

“A secretária pediu para eu explicar as dores. Quando terminei, ela disse: ‘isso são contrações. Seu bebê está prestes a nascer’. Fiquei muito assustada”, lembra.

Sem seu médico, a mulher precisaria ser levada a uma maternidade para realizar o parto. Ela conta que o consultório ficava na rua Abdon Batista e, para fazer a volta, demoraria muito tempo e havia a possibilidade de não dar tempo de chegar ao hospital.

Foi então que o esposo de Ericiane decidiu ir pela contramão para chegar mais rápido ao Dona Helena. Uma motocicleta da Polícia Militar que ficava em frente ao consultório médico acompanhou o casal na saga para o nascimento de Guilherme.

Eles percorreram, na contramão, as ruas Abdon Batista, rua do Príncipe e avenida Juscelino Kubistchek, até a chegada à maternidade.

“A polícia foi parando todos os carros e fazendo barreira nas ruas pra gente poder passar. Não paramos nem nos semáforos. Chegamos lá muito rápido e tudo já estava preparado  para o parto”, conta a mãe.

O nascimento

O nascimento prematuro de Guilherme pegou Ericiane de surpresa, já que o plano era que o menino nascesse de cesariana. Mal colocou os pés no hospital, e o filho já nasceu.

O marido, que ainda estava na recepção do hospital preenchendo as fichas do prontuário médico, nem conseguiu assistir ao parto do primeiro filho.

“Não tínhamos levado nada, porque não esperávamos por isso. Meu esposo teve que ir buscar roupinhas e outros pertences depois, em casa”, afirma.

Quando Ericiane deu à luz, nem conseguiu ver o rostinho de seu bebê, que foi diretamente levado para incubadora. Mãe e filho ficaram 24 dias internados no hospital, até receberem alta.

“Eu chorei muito. Tinha medo por ele ter nascido prematuro. Não estava preparada para isso”, relata.

Lucas e Guilherme, filhos de Ericiane/Arquivo pessoal

Cinco anos depois, Ericiane engravidou novamente, de mais um menino, o Lucas. O parto, novamente foi prematuro. No entanto, segundo ela, bem mais tranquilo.

“Já tínhamos um pouco mais de experiência”, brinca.


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