Caso Gabriella: defesa de Leonardo diz que buscará prisão domiciliar caso a epidemia se agrave
Segundo advogada, réu ainda tem a possibilidade de receber prisão domiciliar
Com o pedido de prisão domiciliar negado na tarde de quarta-feira, 8, a defesa de Leonardo Natan Chaves Martins disse que pode recorrer novamente ao juiz Gustavo Henrique Aracheski caso a situação de pandemia do coronavírus se agrave em Joinville.
De acordo com Deise Kohler, uma das advogadas do jovem acusado de matar a namorada Gabriella Custódio Silva, em julho do ano passado, ainda há a possibilidade do réu ter a prisão domiciliar concedida. No entendimento da defesa, é recomendado que tribunais e magistrados adotem medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus, com base na resolução número 62 de 17 de março do Conselho de Justiça.
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“Agora, o Leonardo está sob tutela do Estado, sendo assim, se algo acontecer com ele, a responsabilidade será do Estado”, explica a advogada.
Ainda de acordo com Deise, o juiz pediu providências com relação ao Presídio Regional de Joinville, mas não concedeu a prisão domiciliar ao réu. Porém, o pedido poderá ser revisto caso haja risco concreto à saúde do acusado que, segundo a defesa, é hipertenso.
“Essa é uma recomendação do STF (Superior Tribunal Federal). Pessoas que fazem parte do grupo de risco têm que estar em prisão domiciliar”, argumenta.
Neste momento, a defesa aguarda os prosseguimentos do processo. “Estamos acompanhando para intervir no melhor momento. A gente gostaria que este júri já tivesse ocorrido. Queremos esclarecer isso (o caso) o quanto antes”, afirma a advogada.
O julgamento de Leonardo foi remarcado para o dia 20 de maio. O júri popular aconteceria no dia 24 de março, mas foi transferido por conta de medidas de isolamento social relacionadas ao coronavírus.