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Chacina em creche de Saudades: autor é condenado a 329 anos de prisão

Júri popular durou dois dias

Chacina em creche de Saudades: autor é condenado a 329 anos de prisão

Júri popular durou dois dias

Fred Romano | Revisão

O homem autor da chacina em uma creche de Saudades, no Oeste de Santa Catarina, em 2021, foi condenado a 329 anos de prisão após júri popular que começou nesta quarta-feira, 9, e encerrou nesta quinta-feira, 10. Ele foi acusado de cinco mortes e 14 tentativas de homicídio.

O autor da chacina foi denunciado por cinco crimes de homicídio consumados e 14 tentados, todos qualificados. Na manhã do dia 4 de maio de 2021, ele entrou em uma creche no município de Saudades e, com uma adaga — espécie de espada —, golpeou fatalmente duas professoras e três bebês. Outra criança, também com menos de dois anos, foi socorrida a tempo de se recuperar.

O julgamento aconteceu em Pinhalzinho. Além da pena, ele foi condenado a pagamento de multa de R$ 500 mil para a família de cada vítima morta, R$ 400 mil para a família da criança ferida que sobreviveu e R$ 40 mil para cada tentativa de homicídio.

O julgamento

Os promotores de Justiça Douglas Dellazari e Júlio André Locatelli acompanharam todo o processo, desde a prisão em flagrante e a conversão para o regime preventivo, passando pela elaboração da denúncia e a instrução criminal, até o tão aguardado Tribunal do Júri.

Na sessão do Tribunal do Júri, Douglas e Júlio fizeram intervenções pontuais durante as oitivas e a argumentação da defesa. Bruno Poerschke Vieira, que atualmente responde pela comarca, fez a sustentação oral, ressaltando a importância da condenação em um contexto social. “Precisamos estancar essa ferida para que fatos como esse não voltem a acontecer”, defendeu.

Na réplica, Fabrício Nunes falou sobre o sentimento de quem perdeu entes queridos. “A pior dor do mundo é perder um filho. Nada pode ser mais cruel, mais terrível. Resta à comunidade de Saudades a esperança da justiça”, disse.

Os promotores provaram que o réu possuía plena capacidade mental e planejou os crimes minuciosamente ao longo de dez meses.

Um forte esquema de segurança foi montado para garantir o bom andamento da sessão. Quatro agentes de operações da Coordenaria de Inteligência e Segurança Institucional (Cisi) acompanharam os trabalhos do início ao fim.

Após o encerramento da sessão, o réu retornou ao Presídio Regional de Chapecó.


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