Com paralisação, procura por gás de cozinha aumenta em Joinville
Sindicato dos Revendedores de Gás se pronuncia sobre estoques
Iniciada na última terça-feira, 7, a paralisação de caminhoneiros está resultando na alta procura por gás de cozinha em Joinville, alertando revendedores do produto em todo o município.
A falta de abastecimento é uma realidade para a revendedora Alô Gás, localizada no bairro Iririú. Segundo os vendedores, a procura está muito grande e o medo das pessoas é que haja outra paralisação demorada.
O estoque estava no fim, com previsão de zerar na tarde desta quinta-feira, 9. O caminhão que abastece a revendedora está em Itajaí e, mesmo com as rodovias liberadas, ainda não chegou na distribuidora. “Não temos previsão para um abastecimento”, alertam os vendedores.
A unidade da Liquigás, localizada no bairro Itinga, também relatou um aumentou na procura. “De ontem para hoje aumentou em 30%, tem muita gente fazendo estoque”, diz um dos vendedores. O estoque para essa quinta-feira, 9, já havia chegado ao fim no estabelecimento.
Uma nova remessa está destinada para o local na manhã desta sexta-feira, 10, mas com a procura a previsão é que o gás de cozinha acabe rápido mais uma vez. A Keko Gás, com sede no bairro Saguaçu, também está com dificuldades no estoque.
“Depende muito do abastecimento dos caminhoneiros, se continuar assim o gás vai acabar em um dia”, relata. A demanda, assim como em outros estabelecimentos, também teve um aumento significativo desde o início da paralização.
O que diz o sindicato
O presidente executivo do Sinregás-SC, Jorge Magalhães de Oliveira, afirmou que um monitoramento está sendo feito desde o início das manifestações e que o cenário é de melhora.
“O transporte já está sendo retomado para a região de Joinville, portanto não vemos que poderá ocorrer desabastecimento, se acontecer será apenas em algumas localidades pontuais”, explica. A unidade de distribuição em Araucária, no Paraná, já foi abastecida para realizar as redistribuições.
Uma mudança no cenário só poderá acontecer caso a situação da paralização se agrave. “O armazenamento deve ser feito em pequenas quantidades, por segurança mesmo, e a situação só será alarmante se as rodovias voltarem a parar”, comenta.
Postos sem combustível
Em Joinville mais de 60 postos de combustíveis estão sem estoque para reabastecimento. Ao todo, a cidade tem 101 estabelecimentos. De acordo com a gerente do Sindipetro – Sindicato dos petroleiros, Pamela Bent, nas cidades vizinhas, cerca de 60% postos estão sem produtos.
Na tarde desta quinta-feira, 9, a base de distribuição em Guaramirim foi liberada e a situação deve normalizar até esta sexta-feira, 10.
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