Comandante diz que PM focou na “preservação da vida” durante assalto a banco em Criciúma
Policiais não entraram em confronto com criminosos, que estavam fortemente armados e fizeram reféns durante ação
Policiais não entraram em confronto com criminosos, que estavam fortemente armados e fizeram reféns durante ação
O governador Carlos Moisés participou nesta quinta-feira, 9, de entrevista coletiva para atualização das investigações sobre o assalto a uma agência bancária que assustou moradores de Criciúma, na madrugada do dia 1º. Até agora, 14 pessoas envolvidas na ação foram presas.
O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel PM Dionei Tonet, afirma que, num primeiro momento, a PM atuou focada na preservação da vida. Os policiais não entraram em confronto com os criminosos, que estavam fortemente armados e fizeram reféns durante a ação.
“Depois, fizemos o aporte de efetivo, material e equipamentos na região Sul, onde iniciamos um trabalho de inteligência e prevenção, garantindo que a comunidade não fosse afetada por nenhuma outra lesão. Cuidamos das pessoas e levamos informações centralizadas, reforçando o trabalho integrado com outros órgãos”, frisou Tonet.
O governador reafirmou que o fato não combina com a realidade da segurança pública em Santa Catarina e que as forças de segurança seguem empenhadas no trabalho de investigação. Moisés também manifestou solidariedade aos familiares e ao policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, que foi baleado na ação criminosa e continua internado em estado grave.
“As forças de segurança e as instituições irmãs estão unidas e empenhadas em força máxima para elucidar este crime que não combina com a situação de segurança de Santa Catarina. Quero enaltecer o trabalho de homens e mulheres que estão se dedicando nesta missão”, frisou Carlos Moisés.
Das novidades mais recentes da investigação, o delegado Anselmo Cruz, da delegacia de Roubos e Antissequestro, que conduz a investigação, revelou o cumprimento de mandado de busca e apreensão no estado do Ceará.
Depois do trabalho de mobilização integrada das forças de segurança e a prisão de 14 pessoas, a investigação entra agora numa etapa minuciosa para reunir e apurar informações e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos.
“É como montar um grande quebra-cabeças, temos algumas peças que nos levarão a outras peças e assim, sucessivamente, até que a montagem esteja concluída. Esse trabalho, muitas vezes, tem que ser até sigiloso para não atrapalhar o andamento das investigações”, explicou o delegado da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Deic, Anselmo Cruz.
O perito-geral chefe do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina, Giovani Adriano, destaca a agilidade do trabalho na cena do crime, imediatamente após a ocorrência.
“Na madrugada, já havíamos conseguido uma força-tarefa trabalhando na cena do crime. Isso é muito importante para preservar os vestígios. Conseguimos coletar muito material, que já está sendo trabalhado em nossos laboratórios e muitos são transformados em indícios que dão convicção ao trabalho policial na identificação dos criminosos”.
O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de SC, delegado-geral Paulo Koerich reforçou que “Santa Catarina não tolera ações criminosas como a ocorrida em Criciúma, o trabalho seguirá firme, integrado, até que sejam apresentadas as respostas que a sociedade espera”, conclui Koerich.
Por volta das 23h50 do dia 30 de novembro, criminosos com armas pesadas, munições de diferentes calibres, explosivos e coletes balísticos assaltaram uma agência bancária de Criciúma e efetuaram diversos disparos na área central e no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). A ação criminosa resultou em duas pessoas feridas, sendo um deles o policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, que continua internado em estado grave.
No dia do roubo à agência bancária, quatro pessoas chegaram a ser presas quando recolhiam cédulas que ficaram espalhadas pelo chão próximo à agência bancária que foi alvo de explosões provocadas pelos bandidos. Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 810 mil em dinheiro. O montante levado pelos bandidos está estimado em R$ 80 milhões.