Comissão da Alesc Itinerante em Joinville aprova cadastro estadual de pedófilos e agressores sexuais
Texto deve passar por outras comissões antes de ir ao plenário
Texto deve passar por outras comissões antes de ir ao plenário
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Assembleia Legislativa aprovou a proposta de criação de um cadastro estadual de pedófilos e de agressores sexuais em Santa Catarina. A aprovação ocorreu nesta quarta-feira, 5, em Joinville, durante a Alesc Itinerante.
O projeto de lei (PL) 115/2024, é do deputado Carlos Humberto (PL). Conforme a proposta, Santa Catarina pode desenvolver um banco de dados com informações sobre pessoas que tenham sido condenadas por crimes de pedofilia e agressão sexual.
Segundo o texto, pedófilo é definido como alguém que tenha sido condenado por crime que atente contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Já o agressor sexual é aquele que foi condenado por crime de estupro.
“O flagrante de pessoas cometendo quaisquer dos crimes previstos também será considerado para fins do disposto nesta lei”, acrescenta o projeto.
De acordo com a matéria, o cadastro ficará sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Assim, o órgão regulamentará os procedimentos de criação, atualização, divulgação e acesso.
Além disso, o texto cita como principais usuários do banco de dados as polícias Civil e Militar, os conselhos tutelares, os membros do Ministério Público e do Poder Judiciário. Outras autoridades que justifiquem a necessidade do acesso às informações, também poderão fazer.
Já ao cidadão, será permitido acesso somente ao nome e à foto das pessoas registradas até que estas obtenham a reabilitação judicial.
O PL foi aprovado com emenda apresentada pelo deputado Pepê Collaço (PP) para adequar o texto à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre projeto de teor semelhante, apresentado no estado de Mato Grosso.
As alterações tratam principalmente da proteção dos dados de investigados e das vítimas. O projeto vai para a Comissão de Segurança Pública.
Segue para plenário o PL 65/2024, do deputado Volnei Weber (MDB), que aborda a contagem de prazos decorrentes de intimações das partes e de advogados nos processos e procedimentos administrativos no âmbito da administração pública estadual.
Pela proposta, os prazos passam a ser contados em dias úteis, com exceção dos processos licitatórios e daqueles declarados urgentes. O deputado Mário Motta (PSD), relator do projeto, argumentou que a iniciativa oferece mais segurança aos cidadãos catarinenses, sem implicar ônus ao erário estadual.
Também foi aprovado o PL 69/2024, do deputado Marcius Machado (PL). O projeto propõe permitir o uso de emendas parlamentares para investimento em infraestrutura destinado ao Programa de Habitação Popular (Nova Casa).
“O intuito da proposição é possibilitar a destinação de recursos de emendas parlamentares impositivas para investimentos em infraestrutura e, assim, contribuir para o desenvolvimento de áreas recreativas, de lazer e de saúde nas comunidades beneficiadas pelo referido Programa”, argumenta o autor.
A proposta será analisada pela Comissão de Transportes, Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura.
Por unanimidade, os membros da comissão aprovaram o PL 381/2023, do deputado Nilso Berlanda (PL). O projeto altera duas leis estaduais com o objetivo de estabelecer novos direitos aos estudantes com autismo ou àqueles que tenham restrição ou seletividade alimentar.
Na prática, a proposta permite que os alunos levem à escola, seja ela pública ou particular, seu próprio alimento. A proposta segue para as comissões de Educação e Cultura e dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Por último, os deputados aprovaram o PL 44/2024, de autoria do deputado Marquito (Psol), que institui a Semana Estadual da Justiça Social, a ser celebrada anualmente no período que compreende o dia 20 de fevereiro.
A proposta prevê a realização de atividades e campanhas com o objetivo de debater a necessidade da Justiça Social “como condição para uma vida digna, redução das desigualdades sociais, acesso à moradia e alimentação, erradicação de qualquer forma de discriminação, entre outros”.
Leia também:
1. Polícia Científica de Joinville pede ajuda para identificar corpo encontrado em Itapoá
2. Confira tudo o que sabemos sobre a queda do avião na região de Joinville
3. Escolhas de Jorginho Mello para comandar Fesporte acumulam reclamações
4. Genro é preso por assalto e agressão a casal de idosos em Joinville
5. Festa de São João retorna com fogueira de 40 metros em São João do Itaperiú
Região de Joinville já era habitada há 10 mil anos: conheça os quatro povos anteriores à colonização: