Comitê Popular Solidário realiza transmissão sobre ações emergenciais na cultura em Joinville
Entre fevereiro a maio deste ano, 15 mil atividades artísticas e culturais foram suspensas ou canceladas em Santa Catarina
Nesta terça-feira, 16, o Comitê Popular Solidário de Joinville contra o Coronavírus irá transmitir ao vivo em sua página do Facebook uma discussão sobre as ações emergenciais para a cultura em Joinville.
A transmissão começa às 19 horas, e além da página do Facebook, pode ser assistida nas páginas de diversas organizações como sindicatos, associações de moradores e coletivos sociais que fazem parte do comitê.
A live conta com a participação da produtora e gestora cultural de Joinville, Iraci Seefeldt, o presidente do Conselho Municipal de Política Cultura de Joinville, Anderson Dresch Dias Correa e a deputada estadual Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa.
De acordo com Iraci, a live tem como objetivo repassar informações sobre os processos que estão acontecendo em âmbito nacional, estadual e dentro da cidade em relação aos recursos para trabalhadores, instituições e grupos do setor cultural que estão sem atividade remunerada devido à pandemia do coronavírus.
Em Brasília, o Congresso Nacional aprovou a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, que garante uma renda mensal de R$ 600 aos trabalhadores do setor cultural, subsídio de até R$ 10 mil para manutenção de espaços artístico-culturais e a realização de editais e prêmios para projetos culturais.
Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), tramita um projeto de lei de autoria da deputada Luciane Carminatti, que prevê uma renda emergencial aos trabalhadores e trabalhadores da cultura de Santa Catarina, onde uma das destinações de recurso do estado será destinada aos microempreendedores.
Correa informa que estão sendo buscadas ações efetivas para discutir a cultura de Joinville, “e também para que nós possamos afinar informações, criando um debate amplo para que a cidade esteja preparada para receber esse recurso federal e de outros editais”.
Segundo Iraci, também existe a importância de dar visibilidade para os profissionais da produção cultural, como técnicos de som e luz, artistas circenses e artesãos, entre outras pessoas em Joinville que vivem exclusivamente de sua arte.
A produtora cultural defende que a arte, além de possuir a função histórica e social, também faz parte do setor econômico.
De acordo com uma pesquisa sobre o impacto econômico da Covid-19 na cultura catarinense, realizada pelo Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, entre fevereiro a maio deste ano, 15 mil atividades artísticas e culturais foram suspensas ou canceladas, acarretando em um prejuízo de R$ 112,8 milhões de reais no setor.
Segundo a pesquisa, atualmente no estado, 66,5% dos profissionais da cultura possuem CNPJ, e entre eles, 69% são microempreendedores individuais, que podem ser beneficiados caso o projeto de lei seja aprovado na Alesc.