Companhias aéreas suspendem voos no Aeroporto de Joinville e afetam setor empresarial
Reportagem buscou o posicionamento da Voepass Linhas Aéreas e Azul
Reportagem buscou o posicionamento da Voepass Linhas Aéreas e Azul
Nesta semana, as empresas aéreas Azul e Voepass surpreenderam os joinvilenses após anunciarem a suspensão de voos do Aeroporto de Joinville com destino a Congonhas nos horários das 6h e 8h15, respectivamente.
Os horários dos voos que foram suspensos eram considerados importantes para o setor empresarial, principalmente por conta do tempo da viagem que era de um pouco mais de 1h, onde as pessoas poderiam cumprir compromissos pela parte da manhã na capital paulista e voltar no mesmo dia para o município catarinense.
Agora, quem quiser fazer a viagem e tem um compromisso pela manhã, terá que viajar no dia anterior ou embarcar em aeroportos vizinhos como Florianópolis, Curitiba e Navegantes. Tanto a Azul quanto a Voepass continuam realizando viagens entre Joinville e São Paulo, porém, em outros horários.
Em contrapartida a suspensão, a CCR Aeroportos, que administra o Aeroporto de Joinville, informou que o movimento de passageiros tem crescido nos últimos dois anos e segue em diálogo com as companhias aéreas, reforçando o potencial turístico e econômico da região para atrair novas rotas para Joinville.
Procurada pela reportagem, a Voepass Linhas Aéreas informou que a suspensão ocorreu para suprir o atendimento emergencial aos destinos do interior do Rio Grande do Sul. Desde o dia 13 de maio, a empresa fez um ajuste em sua malha aérea no trecho entre Joinville e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Até o dia 26 de maio, a operação acontece todos os dias, com decolagem às 11h05, de Joinville e pouso em Congonhas às 12h15. Já de 27 a 30 de maio, o horário de partida passa a ser 9h20, com chegada prevista às 10h30.
O jornal O Município Joinville também tentou entrar em contato com a Azul, mas não teve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para o posicionamento sobre a suspensão do voo das 6h.
Para Margi Loyola, presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), a decisão das companhias aéreas é um retrocesso. “Estamos sempre brigando aqui em Joinville pela redução das tarifas e aumento da frequência de voos, principalmente para Congonhas, que atende muitos empresários. Somos uma cidade de potência industrial, nós temos empresas de porte internacional. Um voo mais cedo, para Congonhas, retornando mais tarde, atendia esse público de negócios”.
A presidente da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme), Patrícia Furlan Hille, também é contra a decisão da suspensão dos voos e que a mudança pode causar impactos na economia e infraestrutura da cidade.
“Às vezes o empreendedor prefere sair cedo daqui do aeroporto de Joinville para fazer suas atividades, a partir do momento em que ele não tem essa possibilidade, ele precisa buscar isso em outras cidades. Nós também acreditamos que isso impacta também na infraestrutura da cidade, porque a medida que a gente não tem esse movimento aqui, pode ser que o nosso aeroporto fique inviabilizado de alguma forma e isso é muito complicado para a cidade”, finaliza Patrícia.
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