Confira cinco novidades expostas na Feira Metalurgia em Joinville
Feira do mercado de fundição acontece até sexta-feira na Expoville
A Feira Metalurgia acontece até nesta sexta-feira, 22, em Joinville. O evento é uma feira e Congresso Internacional de Tecnologia sobre Fundição, Siderurgia, Forjaria, Alumínio e Serviços, realizada na Expoville.
A Metalurgia volta a acontecer em Joinville após cinco anos e, segundo Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, organizadora da feira, os quatro dias são para reunir todos os lançamentos e inovações que aconteceram desde 2018.
“A indústria de fundição e metalurgia é um dos pilares da economia de Santa Catarina, muitas pessoas trabalham nesta área, e a feira tem a importância de mostrar essa tecnologia para essa indústria”, ressalta.
“Além da feira, temos palestras onde são discutidas questões relacionadas ao meio ambiente e eficiência energética. Então a Metalurgia também tem essa papel de agregar conhecimento para nossa indústria”, complementa.
Além das exposições de produtos e tecnologias, a feira também é um momento importante para conexões entre as pessoas que trabalham no setor de fundição.
“Teremos visitantes de praticamente todos os estados do Brasil e a expectativa é que passe por aqui 18 mil pessoas. A feira tem esse aspecto da informação, tecnologia e também do turismo, que é movimentado durante essa semana”, finaliza Spirandelli.
Exposições
A Metalurgia 2023 conta com 210 expositores vindos de todas as regiões do Brasil, além de países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Argentina, Turquia, China e Rússia, para evidenciar lançamentos, tecnologias inovadoras e serviços para a cadeia de fundição.
1. Espectrômetros
Uma das empresas participantes é a Anacom, de São Bernardo do Campo (SP), uma fabricante de espectrômetros de emissão ótica.
De acordo com Leandro Santoro Hernandes, diretor científico da Anacom, os espectrômetros são analisadores de metais e fornecem a composição desses metais, ou seja, detalha qual os elementos químicos os metais possuem.
“Eles são essenciais para empresas que trabalham com fundição ou peças metálicas, porque ele consegue quantificar esses elementos e dizer precisamente qual a composição da sua liga metálica”, explica.
Hernandes conta que a Anacom utilizava equipamentos internacionais e que, após essas experiências, decidiu lançar o próprio no Brasil, sendo que é a única fabricante nacional e da América Latina de espectrômetros.
“Por ser um produto nacional, os principais benefícios são termos todos os programas de análises e software em português, peças a pronta e suporto técnico local”, finaliza.
2. Florescência de raio-x
Criada no Japão, mas com 140 anos de atuação no Brasil, a empresa Shimadzu também participa da Metalurgia 2023, com produtos voltados para caracterização de metais e química.
Gerente regional de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Edson Tarabal explica que um dos equipamentos expostos, a florescência de raio-x por energia dispersiva, mede quanto existe de metal em uma amostra.
“Você pega uma barra metálica, por exemplo, e o aparelho vai dizer quanto tem do elemento sódio ao elemento urânio. Isso é importante pela medição da resistência dos materiais”, explica.
Além disso, a Shimadzu expõe um aparelho que mede a dureza de uma peça. “As empresas utilizam dessa ferramenta para identificar a dureza dessa peça, para ver o quanto vai ser durável no cliente final”, complementa.
Tarabal conta que os principais benefícios dos produtos expostos pela Shimadzu é o controle da qualidade e que as empresas tenham uma padronização de dados químicos das peças avaliadas.
3. Espectrômetro de raio-x portátil
Para empresas de metalmecânica, a Labcontrol, de São Paulo (SP), também expõe produtos inovadores de análise química e física de metais na Metalurgia 2023.
A principal novidade lançada na feira é o espectrômetro de raio-x portátil, que detecta a composição químico de um material em dez segundos.
“Lembrando que a tecnologia de raio-x não é capaz de ler carbono. Ele vai ler a peça pelos principais elementos de liga”, reitera Rogério Fogaça, engenheiro de vendas da Labcontrol.
Para ele, o principal benefício e diferencial que o produto oferece é a rapidez da análise. “Se a pessoa não tem um equipamento desse, ela solicita uma análise em um laboratório e vai gastar em tempo, já que deve demorar no mínimo dez dias para ficar pronta. Além do custo também”, ilustra.
4. Lonas para filtro
Já para parte de filtragem industrial, a Air Slaid, com sede em Americana (SP), tem exposto na feira lonas para filtro prensa.
Rafael Beraldo, executivo de contas da empresa, explica que no início da filtragem industrial, eram utilizados filtros de algodão, mas que com o passar do tempo foram desenvolvidos tecidos sintéticos, visto a maior durabilidade e compatibilidade química com diferentes produtos.
“Nós fornecemos o elemento filtrante, não o filtro. Alinhado há um equipamento, ele (o filtro) faz a purificação da água e também a separação sólido/liquido”, explica.
Beraldo ressalta que o filtro é de muita importância no mercado atualmente e que nenhuma empresa de fundição funciona sem esse equipamento.
“Você separa o sólido. Sendo um rejeito ou um influente, você segrega esse material para um aterro ou outro destino. E a água volta para o processo já clarificada, já isenta de impureza. Então a indústria não tem como fugir disso, toda cadeia produtiva tem que tratar o influente gerado”, finaliza.
5. Areia descartada de fundição
Outra empresa que foca em reutilização de material é a Nova Era Soluções Ambientais. Joinvilense, o empreendimento atua em projetos de uso de Areia Descartada de Fundição (ADF).
A ADF é proveniente do processo de produção de peças fundidas, como areia de macharia, de moldagem, entre outras que sejam classificadas como Classe II, ou seja, não perigoso conforme a norma que classifica quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública em relação aos resíduos sólidos.
Luiz Delfino, sócio proprietário da Nova Era, a maior especialidade da empresa é a utilização de ADF em projeto de construção civil, conforme leis que permitem o uso do resíduo.
“Temos uma legislação específica aqui no estado para isso. Então ali diz as formas que você pode aplicar a ADF. Baseado nisso, é feito um projeto e enviado ao órgão ambiental. O técnico avalia. Após aprovado, é emitido um laudo e permissão ambiental”, esclarece.
Mesmo sendo criada em 2020, a empresa já conseguiu ter grandes projetos aprovados e teve a autorização para utilização de duas milhões de toneladas de ADF na construção do aeroporto de Guaramirim.
“Aqui em Joinville não conseguimos nenhuma autorização. Há uma barreira que não consigo ‘vencer’. Então saímos para utilizar na região e, hoje, no Brasil, somos a única empresa a conseguir utilizar ADF em grande escala”, reforça.
Delfino explica que além dos benefícios para o meio ambiente, a utilização de ADF é de extrema importância na diminuição dos custos gerados em toda a cadeia produtiva da construção, até chegar ao consumidor final.
Credenciamento
O credenciamento de visitantes para a Metalurgia 2023 pode ser realizada pelo site da Messe Brasil.
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