Brenda Pereira/O Município Joinville

Por Isabel Lima
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A dança silenciosa é uma daquelas novidades curiosas do Festival de Dança de Joinville, que chega à 41ª edição em 2024. Para conhecer a atividade, oferecida para todos que passam pelo evento, a reportagem do Jornal O Município Joinville foi até o Centreventos Cau Hansen nesta terça-feira, 16.

A dança silenciosa faz parte da programação do +Dança, que promove atividades não competitivas durante o festival. Além da novidade, o evento promove o Dog Dance Day, bate-papos sobre o universo da dança e o “dança para quem não dança”. Para conferir o guia completo do festival, acesse este link.

Dança silenciosa

Gabriel de Paula, coordenador do +Dança, explica que a dança silenciosa foi trazida para o festival para descontrair. “É inspirada nas festas silenciosas que surgiram em 2005 na Holanda”, conta.

Na época, as casas de festa enfrentavam problemas com o barulho alto próximo a residências. A opção de entregar fones de ouvido ligados às frequências controladas por DJs viabilizou festas durante a madrugada, sem atrapalhar a vizinhança.

A atividade no festival de Joinville acontece nos dias 17, 22 e 23, a partir das 19h30, no palco localizado na praça de alimentação do Festival de Dança de Joinville, na parte extena do Expocentro Edmundo Doubrawa.

O festival tem 45 fones de ouvido, conectados em três frequências diferentes. Os interessados em participar só precisam aparecer no horário e pegar um fone.

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Além de divertir quem topa colocar o aparelho no ouvido e dançar no palco, Gabriel conta que o engajamento com o público é parte da atividade. Quem assiste pode palpitar quem está dançando a mesma música e adivinhar os estilos.

“Quem já foi para a Europa ou América Central, talvez já participou de uma balada nesse sentido, quem não foi pode ter essa oportunidade de conhecer”, diz o coordenador.

Dança que conecta

A primeira edição da dança silenciosa ocorreu nesta terça-feira, 16. Quando a chuva deu uma trégua e a água em frente ao palco escoou, os bailarinos subiram no palco empolgados com a novidade.

Ludmila Maciel Lima, da Cia 255, de Joinville, nunca participou de uma dança silenciosa e adorou. “Foi muito interessante porque dançar com outra pessoa sem estar ouvindo o que a outra pessoa está dançando é muito legal porque a gente se sente conectado com a pessoa”, conta.

Brenda Pereira/O Município Joinville

O aspecto da conexão também foi citado por Beatriz Hiajij, de Valinhos (SP). Para ela, a experiência foi bastante engraçada e importante para o grupo da companhia Corpo Livre.

“A gente não sabia quem estava dançando a mesma música que a gente”, explica. Com o tempo, os dançarinos identificavam quem estava no mesmo ritmo e se juntavam em pequenos grupos. “A gente começava a fazer os passos, via quem estava na mesma vibe”, diz Beatriz.

Brenda Pereira/O Município Joinville

As músicas foram do Hip-Hop ao clássico, deixando os bailarinos eufóricos. Ao fim da experiência, quem passava sentia a energia vibrando com as palmas e as gargalhadas dos participantes.

Festival de Dança de Joinville

A edição de 2024 do Festival de Dança de Joinville iniciou na segunda-feira, 15, no Centreventos Cau Hansen, e continua até o dia 27 de julho. Confira a programação completa no guia elaborado pelo jornal O Município Joinville.


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