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Conheça Alysson Rocha, número 1 no Spotify em Joinville

Em lista regionalizada, sem os grandes hits, cantor joinvilense aparecia entre os mais ouvidos em fevereiro

Conheça Alysson Rocha, número 1 no Spotify em Joinville

Em lista regionalizada, sem os grandes hits, cantor joinvilense aparecia entre os mais ouvidos em fevereiro

A música Rolezinho Light, do cantor e compositor joinvilense Alysson Rocha ocupava a primeira posição no dia 13 de fevereiro entre as mais ouvidas na cidade no aplicativo Spotify, em levantamento das plataformas OpenStreetMap e CartoDB sem os grandes hits. Para o artista, que começou em festivais de igreja, a colocação foi uma surpresa. 

“Não tinha conhecimento que a música era mais tocada na cidade no Spotify. Ser considerado número 1 em Joinville é muita alegria, pois quando comecei, a minha dúvida era se conseguiria ser um cantor profissional”, conta. 

Para o cantor, que trabalha com a plataforma há cinco anos, o Spotify, juntamente com as redes sociais, tem ajudado a alavancar sua carreira desde o lançamento do primeiro CD “Me diga o que você quer”, de 2016. Alysson conta que Rolezinho Light foi uma das últimas a ser escolhida para o DVD.

“No fim das contas, ela fez tanto sucesso, que virou a número 1”, brinca. 

A canção, que fala das noites na balada, foi escrita em parceria com cinco amigos compositores de Goiânia. Um deles, De Angelo, é renomado na cena sertaneja por já ter escrito composições para Gusttavo Lima e para a dupla Matheus e Kauan.

Para o artista, Rolezinho light foi a canção que mais interferiu positivamente em sua carreira. “(A música) É uma vibe boa pra balada. A gente sempre abre o show com ela, as pessoas se identificam. É minha melhor música”, declara. 

Contato com o sertanejo

O primeiro contato de Alysson com a música sertaneja veio por influência da mãe, grande fã da dupla Chitãozinho e Xororó. Aos 11 anos de idade, sem seu conhecimento, a família o inscreveu em um festival de música na cidade. O artista, que cantava apenas no chuveiro até então, por insistência, se juntou a um amigo violeiro e subiu ao palco, de pernas bambas. 

“Eu ensaiei uma vez, no dia do festival. Estava com muita vergonha e medo”, lembra.

Leoh Julio/Facebook

A música escolhida para a apresentação não poderia ser de uma dupla diferente: ao som de “Página de amigos”, de Chitãozinho e Xororó, Alysson contou com os aplausos do público para vencer no desempate o terceiro lugar do festival. 

A partir de então, o garoto, que vivia na indecisão entre ser futebolista ou cantor, largou as quadras da escolinha de futebol e iniciou sua preparação para os palcos, com cursos de violão e guitarra. 

Desde que decidiu apostar no ramo musical, Alysson conta que teve de enfrentar vários percalços para realização do sonho. Vindo de uma família humilde, criado no bairro Espinheiros, zona Leste da cidade, o cantor já trabalhou até vendendo trufas com o irmão. 

“Comecei vendendo o que sobrava do meu irmão, nas caixas de pizza que reutilizávamos. Depois, me tornei revendedor. O dinheiro que eu ganhava, investia na música”, diz. 

Ele também já foi vendedor ambulante de CD e DVD, ajudante de pedreiro e assistente em uma loja de som. E foi na loja que fez contatos com pessoas do ramo musical para aos 15 anos conseguir a primeira apresentação profissional no antigo bar Madrileño, cobrindo o intervalo de outros artistas. 

Frustrações e novos caminhos

No decorrer da carreira, Alysson Rocha formou três duplas diferentes, mas, de acordo com ele, todas as parcerias chegaram ao fim por divergências de interesses. 

“Em 2014, eu estava bem, com agenda de shows lotada. Topei novamente uma parceria, foi quando tudo desandou. Fiquei muito desmotivado”, conta. 

Já em 2016, querendo fugir do sentimento de angústia, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a vender shows e as portas começaram novamente a se abrir para o artista. 

Alysson Rocha/Facebook

Por conta do alto custo de vida do Rio e em busca de novas experiências de vida e profissional, o cantor mudou-se novamente, desta vez para a Irlanda, sozinho, em agosto de 2017. Nos seis meses que ficou na cidade de Galway, entrou para uma banda junto com amigos húngaros e croatas que acabou conhecendo em uma de suas apresentações na rua. 

Recomeço

Alysson voltou ao Brasil há dois anos para recomeçar sua vida, com 500 euros (cerca de R$ 2 mil) no bolso, mas focado em buscar o que queria: tocar nas principais rádios do país. 

“Eu sabia que parcerias não davam mais para mim, a minha voz não casa com uma segunda. Optei por carreira solo”, explica. 

Já devidamente instalado em Joinville, em conversa com um amigo, mesmo sem dinheiro, começou a projetar seu primeiro DVD. 

Contando com a ajuda de apoiadores e amigos, o projeto saiu do papel, com as músicas Rolezinho Light e Made in China estourando nas principais rádios do estado. 

“Todos os gastos com o DVD foram parcelados. Estou pagando até hoje”, diz. 

Projetos futuros

Atualmente, o cantor, que mudou-se recentemente para Balneário Camboriú, trabalha com a canção Calcinha de Rendinha, seu novo sucesso, que possui mais de 100 mil visualizações no Youtube e Spotify. 

Para este ano, o cantor fez suspense em relação aos novos trabalhos, mas garante aos fãs que está investindo em novos hits. 

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