Conheça o ex-piloto de Joinville que passou por três incidentes aéreos e uma queda de avião

Professor e ex-piloto, hoje com 94 anos, afirma que nunca teve medo de voar

Conheça o ex-piloto de Joinville que passou por três incidentes aéreos e uma queda de avião

Professor e ex-piloto, hoje com 94 anos, afirma que nunca teve medo de voar

Thiago Facchini

“É mais fácil ganhar na Mega-Sena do que cair de avião”. A frase clássica, que já foi comprovada por cálculos matemáticos, ajuda as pessoas a perder o medo de enfrentar os ares.

O professor e ex-piloto Paulo Unger, de Joinville, porém, coloca o tal dito popular à prova. Ele soma no currículo da vida três incidentes aéreos e uma queda de avião. E sobreviveu para contar a história.

Paulo é natural de Corupá e atualmente vive no Residencial Bethesda, uma instituição de longa permanência para pessoas idosas, no bairro Pirabeiraba, em Joinville.

Hoje, aos 94 anos, ele recorda dos episódios, e garante que nunca teve medo de voar. Prova disso é o retorno às cabines dos aviões sempre após cada transtorno que passou nos ares. “Foi um ‘sustozinho’ legal”, relembra, em tom de brincadeira.

Os dois primeiros incidentes com Paulo na aeronave aconteceram em Joinville. Paulo pilotava aviões “Paulistinha” nas duas ocasiões. Trata-se de uma aeronave de pequeno porte.

As ocorrências foram parecidas. Paulo enfrentou transtornos enquanto voava e teve que realizar pousos de emergência, ambos na região do Aeroporto de Joinville. Nas duas ocasiões, ele saiu ileso.

O terceiro incidente aéreo foi em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele e o comandante, que era amigo de Paulo, se encontraram no Rio de Janeiro. O voo seria em direção a Curitiba. Paulo pegou uma carona com o amigo, já que pretendia retornar da capital fluminense para Joinville.

“Enquanto voltávamos para Curitiba, um motor falhou. O comandante teve que realizar um pouso de emergência no Aeroporto de Santos, em São Paulo”, relembra o professor e ex-piloto. Felizmente, os dois deixaram a cabine do avião militar ilesos.

“Não conseguimos visualizar a pista”

O quarto acidente foi grave. Paulo sofreu uma queda de avião e ficou ferido. Ele foi convidado por um amigo para assistir a uma regata em Florianópolis. Assim como o terceiro incidente, Paulo era o “carona”, desta vez em um avião monomotor.

A decolagem foi do Aeroporto de Joinville. As condições para voo não eram favoráveis para o dia. Uma neblina intensa pairava pelo ar joinvilense naquela manhã de domingo. No entanto, a meteorologia indicava que a cerração era baixa, e acima dela seria possível voar em bom tempo.

“Após um minuto e meio, o motor do avião parou e tivemos que voltar para o aeroporto para realizar um pouso de emergência. Porém, com o nevoeiro, não conseguimos visualizar a pista. Caímos em uma área de mata, perto da pista. Nos machucamos bastante”, conta.

Apesar das quatro intercorrências sofridas em viagens de avião, Paulo lamenta que, hoje, em razão da idade, não consegue mais cruzar os ares, prática comum da sua vida.

“Eu nunca tive medo de voar. Infelizmente, hoje não consigo mais. Eu adorava passear sobre as nossas praias de Santa Catarina, que são lindas”, comenta.

O professor e ex-piloto não se recorda, com exatidão, das datas dos incidentes e acidente aéreos, mas diz que todos aconteceram antes dos anos 2000.


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Região de Joinville já era habitada há 10 mil anos: conheça os quatro povos anteriores à colonização:

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