Conheça os métodos não destrutivos utilizados nas obras de rede de água em Joinville

No entanto, o método pode ser utilizado após análise do solo

Conheça os métodos não destrutivos utilizados nas obras de rede de água em Joinville

No entanto, o método pode ser utilizado após análise do solo

Yasmim Eble

A Companhia Águas de Joinville está investindo em obras com método não destrutivo. Em 2021, cerca de 85% das redes de água executadas na cidade foram por este método, totalizando cerca de 11 quilômetros de rede.

A metodologia já acontece há alguns anos, no entanto, está mais comum atualmente. “A gente encontra os materiais com mais facilidade e já não é tão mais caro. Inclusive em várias situações ele é bem competitivo e barato”, explica Priscila Kayane Krambeck Voltolini, gerente de Expansão.

O método não destrutivo pode ser realizado de três formas. O mais comum é o HDD: inicialmente são realizados dois poços com distância de aproximadamente 100 metros entre eles. O equipamento é posicionado na entrada e executado um furo piloto até o poço de saída. Em seguida, a tubulação é tracionada do poço de saída e direcionada ao poço de entrada.

Companhia Águas de Joinville/Divulgação

Segundo Priscila, o método também torna a obra ainda mais rápida. No início de 2021, na rua Teresópolis, foi realizada a obra de esgoto do local que tinha previsão de 4 a 5 meses para conclusão. “Usamos o método não destrutivo e a obra foi realizada em dois meses e com interdição parcial da via”, explica.

Para as próximas obras na cidade, aproximadamente 25% estão sendo projetadas em MND, considerando linhas de recalque e redes com profundidade acima de 3,5 metros. O método pode ajudar na redução de impacto ambiental e social, redução de abertura de valas, menos interdição, segurança dos trabalhadores e menor tempo de execução da obra e repavimentação.

Companhia Águas de Joinville/Divulgação

Desafios 

No entanto, mesmo com as vantagens, o método nem sempre pode ser usado. “Em Joinville temos muitas interferências do local como redes de gás, energia, fibra óptica, drenagem, entre outras coisas”, relata. Nesses casos é necessário abrir toda a extensão da obra para não gerar danos.

Quando são obras da rede de água, que trabalham por pressão, são mais simples. Segundo Priscila, como não há a necessidade de garantir a declividade da tubulação, os métodos podem se adaptar. Já as obras de rede de esgoto são diferentes. “Nesses casos é necessário trabalhar com métodos mais precisos para garantir que estas atendam à especificidade de declínio prevista no projeto”, relata.

Outros métodos 

Além do método HDD, outros dois sistemas são utilizados, o Pipe Bursting e o Slurry Shield. O primeiro consiste na substituição da tubulação danificada por uma nova, que é inserida na já existente. “Esse método é capaz de romper tubulações danificadas instalando simultaneamente uma nova tubulação igual ou até de maior diâmetro”, explica a gerente.

Essa estrutura é recomendada para a substituição de tubulações de água e esgoto, especialmente em locais sensíveis à abertura de valas e movimentos de solo.

Companhia Águas de Joinville/Divulgação

O outro método, Slurry Shield, também serve para gerar menos dano às estruturas. Nesta técnica, é necessário cravar tubos de concreto armado entre poços de emboque e desemboque. O conjunto será empurrado por um sistema, de maneira a formar uma linha contínua sob o solo, enquanto a máquina abre o caminho.

Companhia Águas de Joinville/Divulgação

“O alinhamento e nivelamento da tubulação serão garantidos por um sistema de direcionamento por laser embutido na própria máquina de escavação do túnel”, diz Priscila.


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