Conheça as principais propostas de Esperidião Amin, candidato a governador de Santa Catarina

Candidato fala sobre temas como educação, infraestrutura e economia

Conheça as principais propostas de Esperidião Amin, candidato a governador de Santa Catarina

Candidato fala sobre temas como educação, infraestrutura e economia

Luiz Antonello

O segundo candidato ao governo do estado de Santa Catarina a dar entrevista ao grupo O Município – devido à ordem alfabética de nomes utilizados na urna – é Esperidião Amin, do Partido Progressistas. Ele falou sobre educação, infraestrutura viária e segurança pública.

Amin também fez críticas ao atual governo do estado e destaca que, caso eleito, pretende incentivar a inovação em Santa Catarina.

Confira a entrevista:

Qual a sua visão da educação no estado e qual proposta para melhorá-la?

Eu acho que Santa Catarina não tem, nos indicadores, os níveis de qualidade de ensino que nós merecemos e precisamos para a nossa economia. Por isso, a prioridade absoluta do nosso governo será o Ensino Médio com a trilha profissionalizante, para que o jovem se sinta atraído pela escola, pela tecnologia, atualidade do aprendizado e pela capacitação e valorização constantes do seu professor. Com isso, tenhamos possibilidade de ver o jovem apto a enfrentar o mercado de trabalho. Além disso, vamos ampliar as oportunidades de bolsas de estudos, através de dispositivos constitucionais, que no meu governo foram criados, para ampliar também o alcance da universidade.

Qual seria a sua proposta para a segurança pública de SC?

Santa Catarina sempre teve a melhor polícia, no sentido amplo da palavra, do Brasil. Nós temos que cada vez mais qualificá-la, valorizá-la funcionalmente no salário e nós vamos prosseguir investindo principalmente nos recursos humanos, que junto com tecnologia da informação e própria da segurança pública, nos permita reduzir, por exemplo, a agressão a mulher. Santa Catarina tem alcançado níveis desagradáveis e desabonadores na violência doméstica contra a mulher, contra a criança e o idoso. Então, nós temos muito que investir nesse trabalho intercomplementar que reúne tanto assistência social quanto saúde, segurança e educação.

A economia catarinense é destaque, mas vemos muitas empresas deixarem o estado. Qual proposta para fazer o caminho contrário?

Santa Catarina se destaca pelo espírito empreendedor do catarinense. Nós temos que ampliar a oportunidade para o jovem, com habilitação, financiamento e oportunidades de negócios. E, acima de tudo, dar a nossa microempresa, ao MEI e a todos que já estão no mercado melhores opções de crédito garantidos para prosseguirem com suas atividades. O empreendedorismo catarinense é o que levou o nosso estado a essa posição de sucesso. E esse espírito empreendedor continuará a ser valorizado com uma política agressiva de novos empreendimentos para Santa Catarina, especialmente aqueles mais compatíveis com a economia moderna.

Você foi governador em Santa Catarina por duas oportunidades. O que te motiva a buscar novamente o cargo?

Eu acho que posso dar, talvez como última contribuição minha na política, um rumo definitivamente renovador e inovador para Santa Catarina. Eu tenho compromisso comigo mesmo e com a sociedade catarinense de abrir todas as portas para a renovação. No empreendedorismo, na política e na administração pública, assim como eu fui um instrumento de renovação para o estado. Quero motivar a nossa gente a inovar, a buscar uma educação digital ao nosso estado, uma descentralização do serviços de saúde com tecnologia, uma agricultura cada vez mais valorizadora do meio ambiente e da sustentabilidade e uma logística diversificada, incluindo novos modais, como ferroviário, por exemplo, que possa permitir que Santa Catarina continue a prosperar cada vez com mais com qualidade.

Nas duas últimas vezes que se candidatou a governador não foi eleito. O que mudou do Amin daquelas eleições e por que hoje o eleitor precisa votar em você?

Acho que, hoje, o eleitor deve comparar, mesmo aqueles que não queiram votar no Esperidião Amin. Eu me orgulho muito de nunca ter cometido erro por má fé ou em proveito próprio. Então, eu peço que compare e, se não tiver informação, procure alguém que você confie, seus pais, avós, pergunte aos professores. Vá colhendo informações do Esperidião Amin e sobre os outros [candidatos], para saber o que se fala é minimamente compatível com o que nós já fizemos, experimentamos e aprendemos a fazer.

Qual a sua avaliação do atual governo e o que faria de diferente?

O atual governador foi eleito porque seu número era o mesmo do presidente, que foi eleito com uma vitória histórica em Santa Catarina, o 17. Então, tome cuidado, não vá votar em um número só porque é o do presidente que você quer. A escolha do presidente da república não vai ser resolvida em Santa Catarina, já a do governador sim e nós vamos ter que conviver com ele. Em 2018, mais de 70% da população catarinense votou no mesmo número e isso não deu certo. Passamos nesses quatros anos envolvido com impeachment e acusações de corrupção, não que eu seja juiz, mas foi isso que nos fez perder tempo e isso não pode se repetir. Além das experiências, o Amin aprendeu, voltei a estudar e terminei o meu doutorado com 63 anos de idade, há mais de dez anos, ou seja, eu nunca perdi a curiosidade e o desejo de aprender, por isso eu me considero razoavelmente atualizado. Se levar adiante, o meu propósito é ajudar na renovação, tanto política, empresarial e administrativa de Santa Catarina.

Qual a sua avaliação do Plano 1000? Pretende continuar com ele?

Não tenho avaliação, porque não conheço nenhuma obra inaugurada pelo Plano 1000. Então vamos aguardar. Não tenho nada contra, um contrato firmado pelo Estado deve ser respeitado. Mas os resultados devem ser avaliados, tanto na meritocracia, na administração pública quanto na saúde e educação, ou seja, a nossa gestão será por resultados mensuráveis.

A Prefeitura de Joinville tem um gasto de R$ 18 milhões com folha de pagamento do Hospital São José e um dos pedidos é que esse custo seja arcado pelo governo do estado. Você é contra ou a favor dessa ideia? Por quê?

Eu sou a favor dessa ideia, eu já falei ao prefeito quando o visitei na companhia do Ministro da Saúde em junho deste ano. A Prefeitura de Joinville arca com um ônus injusto para ela e necessário para o nosso estado com o Hospital São José. Eu não sei o quanto esse custo seria transferível para o estado, não posso assumir compromisso com valor. Mas é justo que o Estado assuma os encargos que dizem respeito ao atendimento regional da instituição. É a minha prioridade.

Uma das principais demandas da região é a duplicação da SC-418. Como pretende garantir que o projeto saia do papel? Se eleito, você se compromete a contratar uma empresa para realizar a obra quando o projeto de execução for finalizado?

A situação da rodovia Dona Francisca é uma vergonha para o governo. Essa obra foi feita com todo o esmero, cuidado e pavimentação com concreto e cimento, com trabalhos de profundidade na drenagem. Foi iluminada no nosso governo e está abandonada e deteriorada. Dizem que roubaram os cabos, precisa de vigilância. Quando o ladrão consegue roubar e tirar do povo um benefício e a autoridade se conforma, ela é cúmplice. Por ser uma vergonha, eu vou consertar prioritariamente. Eu não conheço o projeto de duplicação, mas primeiro tem que recuperar. Darei prioridade absoluta ao que tiver de projeto iniciado.

Joinville busca uma estadualização do Ceasa. A solução foi apresentada pela prefeitura e é defendida por vereadores da cidade, porém o pedido já foi negado pelo governo estadual. Qual a sua opinião?

Eu acho que o Ceasa será muito bem administrado se ele for privatizado. Não sei o porquê de estadualizar, ele será melhor se for municipal, se não for assim, que seja privatizado. O Ceasa foi uma aposta de entrada para o agricultor familiar. Hoje ele usa o Pix, usa internet e usará 5G no meu governo, e ele precisa ter um mercado dinâmico, que respeite o consumidor e as leis de mercado. Agora, se a estadualização tiver vantagens, quero saber qual é. Mas todos os Ceasas do Brasil caminham para a privatização.

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