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Conheça as principais propostas de Gean Loureiro, candidato a governador de Santa Catarina

Ex-prefeito de Florianópolis tenta o cargo de governador pela primeira vez

O terceiro candidato ao governo do estado de Santa Catarina a dar entrevista ao grupo O Município – devido à ordem alfabética de nomes utilizados na urna – é Gean Loureiro, do União Brasil. Ele falou sobre educação, segurança pública, economia, infraestrutura viária e sobre sua primeira candidatura a governador.

Com um posicionamento a favor de Jair Bolsonaro, Gean fez críticas ao atual governo do estado e usou a gestão do município de Florianópolis como exemplo do que pode fazer caso seja eleito.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual a sua visão da educação no estado e qual proposta para melhorá-la?

A educação vive um caos, sem estrutura física adequada e manutenção. Das 1.264 escolas no estado, praticamente 900 não tiveram manutenção nos últimos quatro anos.O segundo ponto é o programa pedagógico. As escolas estão formando uma legião de desempregados. Por isso, tem que criar uma estrutura de ensino técnico, que em Florianópolis fiz com as escolas do futuro, que ensinam inglês, letramento digital, libras, português, robótica e artes avançadas. Garante uma empregabilidade para o estudante quando se conclui o curso. Esse é o modelo que vamos implementar.

Qual seria sua proposta para a segurança pública?

O primeiro problema é o efetivo de policiais. Não se tem a ostensividade que é fundamental. Há uma defasagem na Polícia Militar. Vamos precisar inovar para ter um chamamento maior e aumentar o efetivo. Fora isso, é continuar tendo a compra de equipamentos e muita tecnologia. Vamos realizar o compartilhamento de imagens de câmeras de segurança privadas com a estrutura pública. Quando se tem um efetivo maior, bons equipamentos e tecnologia, se tem a segurança adequada.

Como melhorar a infraestrutura das rodovias estaduais de Santa Catarina?

Além do sério problema na BR-470, temos as rodovias estaduais em estado totalmente precário. Não vou delegar para nenhum secretário e vou cuidar pessoalmente disso. Vamos fazer um plano emergencial de manutenção, que será dividido em lotes, e ter uma revitalização completa. Estou falando de arrumar drenagem, fresagem e asfalto novo. Queremos rodovias seguras, duplicadas, tendo um programa efetivo para primeiro manter e a partir dali ter uma ampliação.

A economia catarinense é destaque. Mas vemos muitas empresas deixarem o estado. Qual proposta para fazer o caminho contrário?

É o conjunto de alguns fatores. O primeiro deles é o compromisso que temos de não aumentar alíquotas tributárias, aliás, reavaliar para poder reduzir. O governo atual é um governo que só busca arrecadar. Calcula o quanto arrecada e, quanto menos gastar, melhor, só que esquece que gastos podem ser investimentos necessários. O segundo ponto é diminuir a burocracia, principalmente em relação à liberação de licenciamento ambiental, alvarás de funcionamento e autorizações de obras. Quando assumi a prefeitura de Florianópolis demorava 176 dias para abrir uma empresa, hoje demora quatro horas.

Seus principais rivais disputaram eleições a nível estadual e essa é sua primeira candidatura a governador. Mas foi prefeito por duas vezes. Se considera novidade para o eleitor?

Nossa candidatura é de renovação com experiência administrativa, responsabilidade e muita competência. Aí está a diferença. Não sou alguém que está caindo de paraquedas para uma aventura eleitoral. Passei pelo cargo de vereador, deputado estadual, deputado federal, ocupei várias secretarias, prefeito duas vezes e agora candidato a governador. Tenho a experiência para me relacionar em todas as esferas.

União Brasil possui candidata à presidência. Sua coligação tem bastante ligação com o presidente Jair Bolsonaro, que busca reeleição. Qual é o seu posicionamento nacionalmente falando?

União Brasil deixou livre nos estados para poder ter a sua manifestação, mesmo tendo uma candidata. Já votei no Bolsonaro e vou votar nele novamente. Nossos candidatos a deputado estadual e federal, em sua totalidade, apoiam Bolsonaro. Mas não faço disso uma bandeira que me esconde, colocando a bandeira do Bolsonaro no meu rosto.Quero ser eleito pelas minhas qualidades, mas não deixo de ter uma posição nacional. Quero trabalhar ao lado dele para trazer os recursos.

O Plano 1000 aprovou obras em toda Santa Catarina. Pretende continuar com ele?

É muito importante, mas não pode ser só o Plano 1000, porque só fala de obras dentro de um município e são necessárias obras estruturantes que interligam municípios. Na verdade, o governo tem tido grande dificuldade, porque ele não tem projeto de engenharia e vem trabalhando nos projetos dos municípios de maneira muito lenta. Todos os compromissos assumidos pelo governador Moisés vamos cumprir, porém, queremos avançar muito mais.

A Prefeitura de Joinville tem um gasto de R$ 18 milhões com folha de pagamento do Hospital São José e um dos pedidos é que esse custo seja arcado pelo governo do estado. Você é contra ou a favor essa ideia? Por que?

Eu já conversei com o prefeito Adriano, já visitei o Hospital São José por mais de uma vez, e sei a importância dele não só para o município, mas para toda a região. Hoje, 40% dos atendimentos não são de Joinville e o estado vai ser parceiro do município para pagamento da folha. O valor vou discutir com o prefeito depois. Mas não vamos nos omitir e vamos ter uma participação efetiva.

E mais do que isso, queremos ampliar o leque de atividades do Hospital São José. Temos a proposta de construir um hospital de média e baixa complexidade na zona sul de Joinville. Ali, terão estruturas de internação, com leitos de retaguarda tanto para o São José quanto para o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Queremos fazer uma revolução na saúde de Joinville e ela começa pelo apoio ao município.

Uma das principais demandas da região é a duplicação da SC-418. O governo do estado contratou uma empresa neste ano para elaborar o projeto executivo da obra. O prazo para a conclusão é de seis meses, a contar da ordem de serviço, que foi assinada no início de agosto. Como pretende garantir que o projeto saia do papel? Se eleito, você se compromete a contratar uma empresa para realizar a obra quando o projeto de execução for finalizado?

Por isso que eu falo que o estado demora demais. Ele tem que fazer uma licitação de projeto para cada obra. Se ele tivesse um contrato geral, ele simplesmente determinava a ordem de serviço e esse projeto já estaria pronto. Me parece que o governo do estado acordou muito tarde, com muitas promessas que não saíram do papel.

Essa obra é fundamental para a região, inclusive o escoamento da produção, para o acesso de um grande setor do Produto Interno Bruno (PIB) industrial que passa por ali. É uma região turística muito forte e que assumimos o compromisso de realizar.

Joinville busca uma estadualização do Ceasa. A solução foi apresentada pela prefeitura e é defendida por vereadores da cidade, porém o pedido já foi negado pelo governo estadual. Você é contra ou a favor a estadualização da unidade do Ceasa em Joinville? Por que?

Recentemente eu tive uma visita e as entidades de engenharia me perguntaram se eu queria extinguir o Ceasa. Eu falei que queria o oposto, pois o Ceasa é muito importante. É um órgão fundamental de gerenciamento e abastecimento de fomento para o agricultor. Por isso, não temos nenhum motivo para não estadualizar. Os vereadores já conversaram comigo e já temos o compromisso de realizar isso.

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