Conheça projeto ambiental inédito lançado pelo governo de SC para a Baía da Babitonga

Iniciativa mobiliza Joinville e outros cinco municípios

Conheça projeto ambiental inédito lançado pelo governo de SC para a Baía da Babitonga

Iniciativa mobiliza Joinville e outros cinco municípios

Redação O Município Joinville

Representantes do setor industrial, empresarial, turístico, ambiental, acadêmico e da sociedade civil participaram de evento nesta quinta-feira, 10, apresentado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae), que revelou projeto inédito para o futuro da Baía da Babitonga.

As entidades participantes representavam os seis municípios que envolvem a baía e estão atuando no desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região: Itapoá, Garuva, Joinville, Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul.

O lançamento oficial do projeto “Mapeamento dos Usos da Baía da Babitonga”, aconteceu em Joinville, na sede da Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc).

“Essa iniciativa inédita é voltada ao desenvolvimento sustentável de uma das regiões mais importantes ecologicamente em Santa Catarina. Isso é um compromisso do governador Jorginho Mello e da Semae em fornecer subsídios técnicos para uma melhor gestão ambiental em nosso estado”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e da Economia Verde, Emerson Stein.

Os prefeitos dos seis municípios que irão participar do mapeamento foram representados pelo presidente da Amunesc, Adriano Silva, que também é prefeito de Joinville. “Nossa região é responsável por grande parte do PIB de Santa Catarina, e merece essa atenção que vem recebendo do governador Jorginho Mello”, comentou o prefeito.

O projeto de mapeamento será conduzido pela Semae em parceria com o Grupo de Gestão, Ecologia e Tecnologia Marinha (GTMar), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e terá duração prevista de 13 meses.

Ao longo deste período, será realizado um diagnóstico detalhado e participativo da ocupação e uso do solo na região. “É nosso papel ouvir todos os agentes envolvidos no espaço da baía da Babitonga, desde aqueles que sobrevivem do turismo, transporte marítimo, da pesca ou defensores ambientais. Todos terão espaço e voz para entregarmos o melhor diagnóstico dessa área”, garantiu o coordenador do projeto, professor da Udesc, Eduardo Gentil.

Governança participativa e compromisso com a sustentabilidade

Durante o lançamento, o secretário Emerson Stein destacou o caráter estratégico do projeto e o compromisso do estado com uma abordagem baseada em ciência, inovação e participação social.

“Este mapeamento busca elaborar um diagnóstico detalhado sobre o uso do solo nesta região tão importante para nosso estado, que é a Baía da Babitonga. Para isso, estamos investindo cerca de R$ 800 mil reais para garantir uma abordagem inovadora, combinando mapeamento participativo, geoprocessamento e análise de dados sobre a ocupação do solo e os impactos ambientais”, afirmou o secretário.

O processo terá início com a identificação dos atores sociais diretamente envolvidos, tanto do setor público quanto privado, comunidades tradicionais e organizações civis. Serão realizadas entrevistas e escutas para entender as diferentes demandas, interesses e percepções sobre o uso do território.

Na sequência, serão mapeadas áreas de interesse estratégico nos seis municípios, com base nas informações colhidas nas entrevistas e na atuação de redes locais. O cronograma inclui a realização de seis oficinas participativas (uma em cada município), onde serão identificadas questões socioambientais, propostas de soluções e os principais conflitos locais.

Após esse ciclo de escuta e análise, será organizada uma oficina global para a apresentação pública dos dados consolidados. Essa oficina servirá como momento de devolutiva e validação das informações junto à sociedade.

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde/Divulgação

Participação histórica

O evento foi marcado pela presença das principais lideranças políticas e ambientais do estado, além de representantes de universidades, ONGs, pescadores, cooperativas, empresários, vereadores, prefeitos e técnicos ambientais dos municípios da região.

Com o auditório lotado, o ambiente foi de engajamento, escuta ativa e colaboração, demonstrando o interesse da sociedade em participar das decisões que envolvem o presente e o futuro da Baía da Babitonga.

Patrimônio natural e desafio estratégico

A Baía da Babitonga abriga o maior manguezal do sul do Brasil e é considerada a maior baía navegável de Santa Catarina, além de ser habitat de espécies marinhas ameaçadas de extinção, como a toninha, o boto-cinza, o mero e a tartaruga-verde. Ao mesmo tempo, é um polo logístico e industrial em expansão, especialmente impulsionado pelo crescimento de Joinville e pela operação portuária na região.

Por outro lado, a pesca artesanal ainda representa o sustento e a identidade de diversas comunidades locais, o que reforça a necessidade de um planejamento que respeite as diversas vocações socioeconômicas e ecológicas da região.

 

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