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Construção civil de Joinville retoma gradativamente as atividades

Segundo dados do CAGED/MTE (2019), a construção civil em Joinville possui cerca de 6,5 mil trabalhadores formais

As empresas do setor da construção civil estão retomando gradativamente as atividades em Joinville após a liberação do Governo do Estado para a retomada de trabalhos em obras privadas. A decisão foi anunciada na quarta-feira, 1. Joinville emprega, segundo dados do CAGED/MTE (2019), cerca de 6,5 mil trabalhadores formais em aproximadamente 1,7 mil estabelecimentos.

A estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville (Sinduscon) é de que mais de cem obras de pequeno, médio e grande porte – considerando-se apenas empreendimentos de associados da entidade – estivessem paradas desde o dia 18 de março, por conta do decreto estadual que determinou a quarentena e a interrupção de uma série de atividades e serviços no Estado.

A retomada dos trabalhos nos canteiros de obras, informa o presidente do Sinduscon, Vilson Buss, será gradativa, já que as construtoras devem seguir os protocolos e orientações dos órgãos de saúde pública.

“Antes de qualquer coisa é preciso garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores do setor. As empresas já vinham adotando medidas para evitar a propagação do vírus antes do decreto de situação de emergência e, agora, vão reforçar os cuidados”, informa.

Em Joinville, o setor conta com o apoio do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci), o braço social do sindicato voltado à saúde e à segurança dos trabalhadores. A entidade vem orientando as empresas sobre as medidas preventivas a serem tomadas tanto em áreas administrativas quanto nas obras.

Entre as ações que já vinham sendo adotadas antes da interrupção das atividades e que devem ser intensificadas estão: treinamentos com as equipes de saúde e segurança do trabalho, concessão de férias, banco de horas, sistema home office nas áreas administrativas, rodízio de trabalhadores em funções nas quais o home office não seja possível, afastamento de profissionais que realizaram viagens, que tenham mais de 60 anos, que sejam de grupos de risco ou apresentem sintomas, fornecimento de álcool gel 70%, aferição da temperatura para acesso às dependências da empresa, além de outras estratégias para evitar aglomerações.

Nos canteiros de obras, serão tomadas ações como a distribuição de materiais informativos com dicas de saúde, higienização e prevenção, além de orientações sobre as rotinas de trabalho, como o respeito ao número máximo de trabalhadores na obra, conforme prevê a decisão estadual.

Recomendações sobre a higienização periódica dos equipamentos de proteção individual (EPIs), fornecimento de álcool gel 70% e lavatórios com água e sabão, incentivo à troca diária de uniformes, melhoria e controle do fluxo em locais como refeitórios e elevadores também devem acontecer.

Recentemente, o Sinduscon também assinou, em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Joinville (Siticom), um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho para regulamentar questões como flexibilização do horário de trabalho, antecipação de férias, redução de jornadas, compensação de dias não trabalhados e o tratamento concedido a trabalhadores com mais de 60 anos e grupos de risco.

De acordo com o presidente do Sinduscon, o sindicato entende que em momentos de pandemia como o que vive o país, a saúde da população é prioridade e, por isso, todas as medidas estão sendo tomadas para reduzir os riscos de exposição dos trabalhadores ao coronavírus.

“Ainda assim, a economia não pode ser totalmente negligenciada, sob o risco de comprometer seriamente o emprego e a renda. Precisamos encontrar o equilíbrio. Vamos retomar nossas atividades de forma consciente, como já vínhamos tratando o assunto antes do decreto estadual de emergência, oferecendo todo o apoio que as empresas e os trabalhadores precisarem”, afirma o presidente.

O presidente do Seconci Joinville, Jorge Luiz Correia de Sá, lembra que as empresas do setor foram orientadas a cumprir rigorosamente o decreto estadual que determinava a interrupção dos trabalhos nas obras.

“Agora é hora de pensar na retomada seguindo os protocolos de saúde. Desde o início da pandemia, estamos trabalhando no sentido de orientar os associados sobre a COVID-19 e auxiliar na implantação de medidas de prevenção”, diz.