Conta de luz fica mais cara a partir desta sexta-feira em Santa Catarina; entenda reajuste

Reajuste foi publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Conta de luz fica mais cara a partir desta sexta-feira em Santa Catarina; entenda reajuste

Reajuste foi publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Redação O Município Joinville

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou nesta terça-feira, 19, o reajuste anual da tarifa da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). O aumento médio para os consumidores será de 13,53%, válido a partir do dia 22 de agosto de 2025 em toda a área de concessão da distribuidora.

Sem os encargos setoriais, que não ficam com a companhia, a atualização no valor da tarifa de energia seria de 5,67%.

De acordo com a Celesc, mesmo com o reajuste, a tarifa residencial continua abaixo da média nacional e segue acompanhando a inflação. O novo valor acumulado também está inferior ao IGPM — índice que mede a variação dos custos para o produtor, consumidor e construção civil —, considerando os últimos cinco anos.

Reajuste por tipo de consumidor

  • O aumento nas tarifas é diferente de acordo com o perfil de consumo:
  • Residências comuns (mais de 90% dos clientes da Celesc): 12,3%
  • Clientes do Grupo A (alta tensão – grandes indústrias): 15,8%
  • Clientes do Grupo B (baixa tensão – pequenos comércios e áreas rurais): 12,41%

Entenda o que compõe a conta de luz

A conta de luz é formada por duas partes principais. São elas:

  • Parcela A: montante arrecadado na fatura, mas que a Celesc apenas repassa a outros agentes do setor, como geração e transmissão da energia, além de encargos setoriais.
  • Parcela B: montante que cobre os custos operacionais da própria Celesc, como manutenção da rede, investimentos e custos operacionais.

A companhia explica que, hoje, de cada R$ 100 pagos na conta de luz, somente R$ 15,80 ficam com a Celesc.

Motivos para o aumento

A maior parte do reajuste homologado este ano foi causada por aumentos nos encargos setoriais, que fazem parte da Parcela A e não são controlados pela Celesc. Esses encargos são repassados obrigatoriamente aos consumidores, conforme definido por políticas públicas instituídas pelo governo federal.

A Parcela B, referente às despesas operacionais e de infraestrutura da Celesc, teve impacto de apenas 1,04% no reajuste médio.

O principal fator que pressionou a tarifa em 2025 foi o aumento de 36% no valor da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em relação ao valor de 2024. Esse fundo federal financia diversos programas e subsídios do setor elétrico, como:

  • Tarifa Social para famílias de baixa renda;
  • Incentivos para fontes renováveis;
  • Programa Luz para Todos;
  • Descontos na transmissão de energia;

Subsídios para regiões isoladas sem conexão com o sistema nacional.
Além disso, medidas provisórias do Governo Federal também contribuíram para a elevação das tarifas:

  • A MP 1.232 ampliou os custos cobertos pela CDE;
  • A MP 1.300 aumentou o benefício para as famílias atendidas pela Tarifa Social.;
  • A MP 1.304 alterou o modelo de arrecadação da CDE, criando um teto, mas sem reduzir imediatamente os custos.

No gráfico abaixo é possível observar a evolução do valor total de CDE pago pela Celesc ao longo dos últimos 11 anos:

Comparativo com anos anteriores

Em 2023, os consumidores industriais tiveram uma redução média de 0,81% na tarifa, enquanto os residenciais receberam um reajuste de 3,64%, abaixo da inflação do período, que foi de 3,99%.

Já em 2024, o reajuste foi de 0,75% para clientes industriais e de 4,19% para residências, pequenos comércios e consumidores rurais (baixa tensão), resultando em um aumento médio geral de 3,02%, com uma inflação de 4,5% no período.

Portanto, conforme a companhia, o principal responsável pelo valor do reajuste tarifário estipulado pela Aneel para o ano de 2025 foi o aumento dos encargos setoriais, que não são controlados pela Celesc, são repassados obrigatoriamente aos consumidores e não ficam com a distribuidora catarinense.

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