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Conta falsa utiliza fotos de moradora de Joinville para se passar por irmã de vítima de coronavírus

Perfil com nome de Zeny Alves comentou em várias páginas sobre parentesco e negou doença

Adriana Cardoso Basquirotte, 44 anos, foi avisada por uma amiga na noite do último domingo, 12, que uma conta do Facebook estava usando suas fotos. Era o perfil com nome de Zeny Alves. A conta em questão comentou na página da Prefeitura de Joinville e de veículos de comunicação se declarando como irmã da ex-servidora da Câmara, Luiza Amélia da Silva, 70, considerada a segunda morte por coronavírus no município.

Além de se dizer irmã da vítima, o perfil afirmava que a morte teria ocorrido por conta de uma complicação em um procedimento cirúrgico para retirada de hérnia, e não por coronavírus.

“Seus mentirosos respeitem a dor da minha família. Ela é minha irmã e morreu por um procedimento cirúrgico de retirada de hérnia. Tudo pra vocês agora é corona. Respeitem minha dor (sic)”, dizia o comentário.

Reprodução/Facebook

A questão é que Adriana não tem nenhum grau de parentesco com Luiza e não faz ideia de quem possa estar se passando por ela nas redes sociais.

“Fiquei assustada quando vi minhas fotos neste perfil. Eu sequer conheço a Luiza”, diz.

A empresária diz que já denunciou a conta na rede social, mas até o final da tarde desta segunda-feira, 13, o perfil não havia sido excluído. Uma mensagem foi enviada pela equipe do Facebook para o e-mail de Adriana, dizendo que o perfil estava sendo analisado e, “caso viole os padrões da comunidade, será excluído”.

“Eu fiz um comentário no post dessa Zeny Alves. Ela me bloqueou e continua fazendo o mesmo com meus amigos que me ajudaram a denunciar o perfil”, explica.

Como proceder em caso de crime virtual

Se passar por outra pessoa nas redes sociais é enquadrado como crime virtual. O delegado Murilo Batalha, da Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de Joinville afirma que, como não há delegacia especializada em crimes virtuais, a Polícia Civil pode fazer a investigação ou, dependendo do caso, encaminha a ocorrência para a Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

Segundo o delegado, o B.O. pode ser feito em qualquer delegacia. “A Polícia Civil utiliza recursos técnicos de investigação em busca da identificação e enquadramento legal do responsável pelo crime. No caso das redes sociais, a equipe colabora com a identificação e exclusão de falsos perfis”, diz a Polícia Civil de Santa Catarina por meio da assessoria de imprensa.

Por conta das medidas de isolamento social, a recomendação é que os boletins de ocorrência devem ser registrados pela internet. Já as denúncias podem ser feitas ao 181 ou pelo WhatsApp (48) 98844-0011.