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Coqueluche: primeiro caso da doença em Joinville em 2024 é confirmado

Informação foi confirmada nesta quarta-feira

O primeiro caso de coqueluche em Joinville em 2024 foi confirmado. A informação foi divulgada pela prefeitura nesta quarta-feira, 19.

Segundo a prefeitura, o caso foi confirmado em um menino de 12 anos. O paciente recebeu acompanhamento médico e está curado.

Neste caso, a Vigilância Epidemiológica tomou as seguintes medidas: monitoramento e acompanhamento do paciente, familiares e turma da escola. Foi feita a avaliação da situação vacinal de todos e, como estavam imunizados, não houve necessidade de vacinação.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Municipal) está monitorando a situação no município e está atento ao aumento de casos no Brasil, Europa e Ásia.

O que é coqueluche?

A Vigilância Epidemiológica informa que a coqueluche é uma doença de notificação compulsória.

Desta forma, independentemente de o caso ainda ser uma suspeita ou estar confirmado, o profissional de saúde deve fazer a notificação para a Vigilância acompanhar e tomar as medidas necessárias para conter a contaminação, inclusive com bloqueio vacinal quando necessário.

Transmissão da coqueluche

A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível.

O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, cinco a dez dias, podendo variar de quatro a 21 dias e, raramente, até 42 dias.

Sintomas da coqueluche

Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com os de um resfriado:

  • Mal-estar geral
  • Corrimento nasal
  • Tosse seca
  • Febre baixa

Importante: Esses sintomas iniciais podem durar semanas, período em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem:

  • Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
  • A tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração
  • A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo

Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.

Importante: Nessa fase, os sintomas são mais severos e, dependendo do tratamento, podem durar mais de um mês. É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais leves em relação às crianças. A gravidade da doença também está relacionada à falta de imunidade e à idade.

Diagnóstico da coqueluche

O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer com os de um resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte indicativo da coqueluche, mas para confirmar o diagnóstico, o médico pode pedir os seguintes exames: coleta de material de nasofaringe para cultura; PCR em tempo real. Como exames complementares, podem ser realizados hemograma e raio-x de tórax.

Diagnóstico diferencial: Deve ser feito com as infecções respiratórias agudas, como traqueobronquites, bronquiolites, adenoviroses, laringites, entre outras. Outros agentes também podem causar a síndrome coqueluchoide, dificultando o diagnóstico diferencial, entre os quais Bordetella parapertussis, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae e Adenovírus (1, 2, 3 e 5). A Bordetella bronchiseptica e a Bordetella avium são patógenos de animais que raramente acometem o homem (exceto quanto imunodeprimidos).

Diagnóstico laboratorial: Realizado mediante o isolamento da B. pertussis pela cultura de material colhido de nasofaringe, com técnica adequada, ou pela técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) em tempo real.

A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes do início da antibioticoterapia ou, no máximo, até três dias após seu início.

Tratamento da coqueluche

O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas. As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.

Complicações da coqueluche

A maioria das pessoas consegue se recuperar da coqueluche sem sequelas e maiores complicações. No entanto, nas formas mais graves, podem ocorrer alguns quadros mais severos, como hérnias abdominais. Em crianças, especialmente as menores de seis meses, as complicações são mais graves e podem incluir, por exemplo:

  • Infecções de ouvido
  • Pneumonia
  • Parada respiratória
  • Desidratação
  • Convulsão
  • Lesão cerebral
  • Morte

Com informações de Ministério da Saúde.

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