Covid-19: “Cenário atual é bastante preocupante”, afirma prefeito de Joinville Adriano Silva
Medidas mais restritivas como o lockdown, até o momento, estão descartados na cidade
A Prefeitura de Joinville anunciou na tarde desta terça-feira, 23, medidas para conter o avanço do contágio da Covid-19 na cidade. Entre os pontos estão a instalação do gabinete de crise e o aumento da fiscalização. Ações mais restritivas ou novo lockdown estão descartado no momento.
Com pedidos de apoio da população, o prefeito de Joinville, Adriano Silva, foi explícito: “O cenário atual é bastante preocupante.”
De acordo com Adriano Silva e o secretário de Saúde, Jean Rodrigues da Silva, as novas medidas servem para evitar que acontecem fechamento de estabelecimentos ou até um novo lockdown.
“De nada adianta fechar tudo e implantar uma crise social na cidade”, defendeu o prefeito. Para ele, se as pessoas seguirem as deliberações do atual decreto, a situação deve melhorar. “Se respeitarmos o que está no documento, conseguimos controlar o avanço da Covid-19”, garante.
Ainda nesta terça-feira a Prefeitura de Joinville irá publicar um novo decreto, porém apenas prorrogando as medidas atuais por mais sete dias.
Apesar de descartar medidas mais restritivas neste momento, o secretário de saúde afirma que há possibilidade de mudança no cenário. “Antes das novas variantes conseguíamos ter previsões, agora não, tudo pode mudar em 48 horas”, analisa Jean.
As regras mais rígidas podem ser anunciadas pela prefeitura a qualquer momento, conforme piora no cenário atual. “Tudo pode mudar em questão de horas. Se precisar, o decreto muda em instantes”, diz Adriano.
Mais fiscalização
Com objetivo de evitar que a situação se torne ainda mais grave, foi instituído o “gabinete de crise”, composto por cinco comitês: Gestão Hospitalar, Ação e Fiscalização, Assistência Social, Gestão Econômica e Comitê Integrado de Operações.
A ideia é aumentar a fiscalização e promover respostas mais rápidas a partir do monitoramento da evolução dos casos, da ocupação dos leitos nas redes pública e privada, e da capacidade de atendimento na rede hospitalar.
A prefeitura também quer aumentar a agilidade dos resultados da testagem. Agora, o município passará a fazer testes antígenos para diagnósticos, inclusive em assintomáticos.
Para este exame, é realizada a coleta de material nas narinas para detectar a presença de uma proteína da SARS-CoV-2. O resultado é liberado em aproximadamente uma hora.
A cidade também articula uma parceria com a Universidade da Região de Joinville (Univille) para que o mapeamento genético do vírus seja realizado na cidade. O objetivo é monitorar com mais agilidade a circulação do vírus, inclusive de novas variantes, em território joinvilense.
Além disso, a prefeitura deve intensificar os trabalhos de fiscalização. O comitê “Ação e Fiscalização” será responsável pela função.
Além de guardas municipais e agentes de saúde, o Governo do Estado deve descolocar policiais militares para atender, exclusivamente, ocorrências envolvendo descumprimento do que está no decreto, como aglomerações, festas clandestinas, entre outras.
Apelo por conscientização
O prefeito Adriano Silva também pediu à população que aumente os cuidados contra o contágio do coronavírus. “Não queremos fechar o comércio, mas, para isso, precisamos do apoio das pessoas”, solicita.
De acordo com ele, o setor empresarial deve passar a “educar e incentivar” os funcionários sobre as medidas necessárias de segurança contra o vírus no ambiente de trabalho.
Além disso, pastores, padres, lideranças comunitárias e de Organizações Não Governamentais (ONGs) também devem colaborar para a conscientização da população sobre os cuidados contra a Covid-19.
O secretário de Saúde, Jean Rodrigues da Silva destacou que as pessoas que testaram positivo para a doença devem esperar, no mínimo, 10 dias para voltar a ter convívio com outras pessoas ou frequentar lugares. “Algumas voltam às ruas após cinco dias, isso não pode acontecer”, afirma.
Cirurgias eletivas suspensas
Em Joinville, seguem suspensas suspensas as cirurgias eletivas de alta e média complexidade em todos os hospitais da cidade, conforme as recomendações do governo do estado.
Cirurgias de urgência e emergência, além dos procedimentos considerados “tempo-sensíveis”, que são aqueles em que a vida do paciente pode estar em risco, continuam sendo realizados.
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