Covid-19: saiba quais são os desafios para a vacinação em Joinville em 2022
Variante da gripe H3N2 gera preocupação e mudanças nas campanhas vacinais
Variante da gripe H3N2 gera preocupação e mudanças nas campanhas vacinais
A vacinação contra a Covid-19 iniciou em janeiro de 2021 e até o fim do ano cerca de 103% da população com 18 anos ou mais foi vacinada com a primeira dose em Joinville. Segundo dados da Secretaria de Saúde, desse total, 96% já se vacinou com a segunda dose.
Com as primeiras semanas de 2022, o número já aumentou na cidade. Ao todo, 112,1% das pessoas se vacinaram com a primeira dose e 105% com a segunda. O número é superior a 100%, pois, segundo a Secretaria de Saúde de Joinville, a população se mostrou maior que o previsto pelas estimativas oficiais.
No que diz respeito à população com idade entre 12 e 17 anos, 57,08% já recebeu a primeira dose e 37,44% recebeu a dose dois até esta segunda-feira, 17. Os números geram esperança para Joinville, segundo o diretor executivo da Secretaria da Saúde, Andrei Kolacecke.
Em 2021, cerca de 1.040.696 doses foram aplicadas entre todas as idades e grupos que podem se vacinar. Os dados foram coletados do Painel da Covid-19 em Joinville, com dados coletados pela prefeitura.
O que preocupa, no entanto, é o elevado número de pessoas com a segunda dose em atraso ou que não procuram realizar a dose de reforço. Esse é um dos desafios a serem superados em 2022. “Nesses casos, a proteção é incompleta e há riscos de desenvolvimento de formas graves da doença”, explica.
Segundo Andrei, a minoria que está com a vacinação em atraso pode comprometer em parte o bom resultado da imunização em Joinville, que avançou durante o ano de 2021. “Observamos esses bons resultados sobretudo na redução do número de casos graves e óbitos na cidade”, relata o diretor-executivo.
A possibilidade de disseminação da variante Ômicron causa preocupação. Porém, segundo Andrei, é por esse motivo que a imunização se torna ainda mais importante. “Uma vez que pode evitar internações e a sobrecarga das unidades hospitalares”, completa. Até o momento, nenhum caso da variante foi registrado em Joinville.
A chegada da vacina trouxe grandes expectativas que, segundo Andrei, foram superadas. “Foi desenvolvida a maior campanha de imunização da história do município e garantiu a proteção da grande maioria da população da cidade”, avalia.
O atendimento voltou a ser centralizado para a vacinação contra a Covid-19 na última sexta-feira, 7, em Joinville.
A aplicação da primeira, segunda ou da dose de reforço está sendo realizada na Central de Imunização do Centreventos Cau Hansen, sem necessidade de agendamento. As demais vacinas, como a da gripe, ou para outras doenças, continuam a ser aplicadas nas UBSF.
Na quarta-feira, 5, a prefeitura anunciou a reorganização após a alta demanda envolvendo pacientes com suspeita de Covid-19 ou gripe no município. Na segunda-feira, 10, foram divulgadas as mudanças nos atendimentos de saúde para as crianças de Joinville.
Nesta segunda-feira, 17, a prefeitura também iniciou a aplicação da vacina em crianças de 5 a 11 anos. Um menino de 10 anos foi a primeira criança a receber o imunizante da Pfizer criado especificamente para a aplicação nesta faixa etária.
A cobertura vacinal contra Influenza, por outro lado, é de 64,5% do total dos grupos previstos na campanha. Um percentual inferior ao estimado, que é de 90%. As doses continuam sendo disponibilizadas nas UBSF, sem agendamento.
A vacina contra a gripe é oferecida desde abril em Joinville. Qualquer pessoa com mais de 6 meses pode receber o imunizante. A vacina disponível, no entanto, não combate a nova variante, a H3N2.
Ainda assim, segundo Andrei Kolacecke, diretor executivo da Secretaria da Saúde de Joinville, é recomendável que os moradores recebam a vacinação, já que ela produz uma imunização cruzada. “Isso pode ajudar a imunidade em casos de contaminação”, conclui.
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